Atire a primeira pedra quem nunca se emocionou com um verso escrito por Galvão. O poeta dos Novos Baianos escreveu a maioria das letras eternizadas nas vozes de Baby Consuelo, Moraes Moreira e Paulinho Boca de Cantor. Que casaram tão bem com o swing da guitarra de Pepeu Gomes. Canções como Acabou Chorare, Preta, Pretinha e Mistério dos Planetas.
Luís Galvão, 87 anos, já fez muito pela cultura nacional. Hoje, é ele quem precisa de ajuda: vítima de um infarto em 2017, o poeta e escritor sofre com as sequelas do ataque cardíaco e convive com a necessidade de um tratamento e medicações caras, que sua esposa Janete Galvão estima custar em torno de R$ 20 mil mensais.
Para minimizar as despesas, familiares e amigos estão realizado uma campanha que inclui um bazar com 5 livros escritos por Galvão – incluindo produções que não estão mais nas livrarias – e estão à venda por R$ 150, cada. Também é possível doar outras quantias pelo pix poetaluizgalvã[email protected]. A compra dos livros é feita pelo mesmo e-mail.
Os livros são Geração Baseada (1982), Ovos do Brasil (1987/poemas), Anos 70: Novos e Baianos (1997), Novos Baianos: a História do Grupo que Mudou a MPB (2013) e João Gilberto, A Bossa (2021), seu livro mais recente, no qual biografa a trajetória do amigo e conterrâneo João Gilberto. O bazar é realizado em colaboração com a jornalista e fotógrafa Lúcia Correa Lima.
“Galvão primeiro teve diabetes, depois, há uns cinco anos, teve um infarto e precisou fazer vários procedimentos para tratar a cardiopatia. Depois descobrimos que ele teve pequenos AVC’s após ter os sintomas: esqueceu das coisas, tinha dificuldades de fala e aí o trouxe para São Paulo, onde estamos agora, com uma equipe multidisciplinar cuidando dele numa clínica geriátrica que é muito boa, mas muito cara, assim como as medicações, que são importadas”, explica Janete.
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