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PESQUISA CONCLUI QUE REAJUSTE DE VALE-REFEIÇÃO SUPERA INFLAÇÃO

Redação - 28/06/2022 08:00 - Atualizado 28/06/2022

Segundo pesquisa da Sodexo, a inflação está corroendo o poder de compra dos brasileiros. Além da aceleração dos preços, a maioria dos reajustes salariais não está acompanhando os índices inflacionários. No entanto, o ticket-refeição e o vale-alimentação tiveram aumento que chegou a superar os próprios reajustes de salário e a escalada de preços nos alimentos, de uma empresa do setor.

A Sodexo, uma das principais empresas fornecedoras de vale-alimentação e refeição do país, fez um levantamento a pedido do g1 que mostrou aumento do valor médio do crédito concedido pelas empresas aos funcionários nos primeiros três meses deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da base de clientes da Sodexo Benefícios e Incentivos.

No primeiro trimestre deste ano, as empresas de todos os portes (pequenas, médias e grandes) elevaram o valor médio do crédito dos benefícios Sodexo Alimentação Pass e Sodexo Refeição Pass de seus colaboradores. Para o vale-alimentação, houve alta média de 10,08%. Já para o vale-refeição, o valor médio subiu 7,42%.Enquanto isso, no acumulado do primeiro trimestre, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país medida pelo IBGE, ficou em 3,2%. Porém, os alimentos para consumo no domicílio registraram alta de 6,3%. Já a alimentação fora do domicílio subiu menos: 1,19%.

O grupo de alimentação e bebidas, um dos nove grandes componentes de despesa que compõem a pesquisa do IPCA, teve variação de 4,89% no período. No acumulado de 12 meses, o IPCA ficou em 11,3% até março. A alimentação no domicílio subiu 13,73%, e a fora do domicílio, 6,22%. Em relação aos reajustes salariais, no acumulado do primeiro trimestre, 7 em cada 10 negociações ficaram abaixo ou iguais ao índice de 3,42%, que foi a variação do índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indicador referência para os aumentos. O levantamento é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Segundo a entidade, a variação real (descontada a inflação) média dos reajustes no período ficou negativa em 0,49%, o que reflete a predominância dos resultados inferiores ao INPC. Os reajustes que ficaram abaixo do INPC tiveram a maior proporção: 39,9%. Já 30,9% tiveram reajustes iguais ao INPC. E a menor proporção (29,2%) teve aumento acima do índice inflacionário. O Sudeste teve a maior porcentagem de reajustes acima do INPC (41,9%). O Sul teve o maior percentual de resultados iguais ou superiores à inflação (72,6%) e o menor de reajustes abaixo do INPC (27,4%). Os desempenhos menos favoráveis são do Centro-Oeste, com 62,7% dos reajustes abaixo do INPC e de apenas 17,8% dos reajustes acima do INPC.

Foto: divulgação

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