A tensão entre o poder judiciário e executivo no Brasil continua firme. Depois do Presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciar grupo para fiscalizar as eleições, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luiz Edson Fachin, determinou a instauração de um processo administrativo a fim de acompanhar os procedimentos de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação durante as eleições deste ano.
A instauração do processo foi uma reação a dois ofícios enviados na véspera a Fachin pelos ministros da Defesa e da Justiça, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres, respectivamente.
Torres informou ao presidente do TSE que a Polícia Federal vai participar da fiscalização das urnas eletrônicas e poderá usar programas próprios para isso. Nogueira pediu reunião exclusiva entre técnicos das Forças Armadas e do TSE para tratar da parte operacional das eleições, a fim de “dirimir eventuais divergências técnicas” e “discutir as propostas apresentadas pelas Forças Armadas”.
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