Na Bahia, registros irregulares na identificação racial de políticos inflam de maneira artificial a quantidade de negros, como mostra levantamento feito pela Folha de SP nesta segunda-feira (20).
O deputado Jorge Solla (PT), por exemplo, se declarou negro, mesmo sendo branco. Ele afirma que houve erro no registro da candidatura. O deputado Sérgio Brito (PSD-BA) não respondeu como se autodeclara. No caso de Nelson Pelegrino (PT), ele chegou a ser eelito deputado com a autodeclararão de negro.
A autodeclaração ainda abre espaço para fraudes em cima de ações afirmativas. A emenda à Constituição 111/2019 determina que, até 2030, os votos dados a candidatos negros deverão ser contados em dobro para fins de distribuição do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral.
No âmbito nacional, os registros irregulares na identificação racial de políticos inflam de maneira artificial a quantidade de negros entre os 513 membros da Câmara dos Deputados. Foram eleitos 124 deputados negros em 2018, classificação que incluem pretos e pardos. Mas o levantamento feito pela publicação indica que o número é menor.
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