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PESQUISA AVALIA INFRAESTRUTURA DE CIDADES BAIANAS

Redação - 20/06/2022 17:23

Nesta segunda-feira (20), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) deu início a uma pesquisa de campo para avaliar a infraestrutura dos centros urbanos do país.

Essa é a segunda edição da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Municípios, a primeira foi em 2010, e na Bahia, são cerca de 1,5 mil pessoas envolvidas, entre agentes censitários e supervisores. Na prática, as equipes vão percorrer as ruas e avenidas para verificar as condições de dez quesitos que estão diretamente relacionados com a infraestrutura e a qualidade de vida na cidade como pavimentação, presença de calçadas, existência de bueiro ou boca de lobo, iluminação pública, ponto de ônibus ou vans, sinalização para ciclistas, acessibilidade e arborização, entre outros.

O chefe da Unidade Estadual do IBGE na Bahia, André Urpia, contou que a proposta é oferecer mais dados para a tomada de decisões e afirmou que é possível relacionar a Pesquisa Urbanística com o Censo Demográfico, que será iniciado em agosto. Assim, se o censo identificar, por exemplo, que uma região X tem uma concentração grande de moradores com dificuldade de locomoção e a pesquisa atual mostrar que falta acessibilidade naquele local, será possível pensar ações específicas, como adequar passeios e vias públicas, e melhorar as condições de vida no bairro.

Em 2010, quando a primeira edição da Pesquisa Urbanística foi realizada, a Bahia teve desempenhos negativos em comparação com a média nacional. Enquanto 60,7% dos brasileiros viviam em logradouros sem acesso a bueiros, entre os baianos o índice era de 78,9%. Na Bahia, 40% dos moradores viviam em áreas onde não havia calçadas, na primeira edição da pesquisa. A média nacional era de 33,6%.

De acordo com o levantamento do IBGE, 66,2% dos brasileiros que moravam em áreas urbanas viviam em logradouros com a presença de árvores, mas entre os baianos a proporção era de 53,7%. Porém, o dado mais preocupante foi de acessibilidade. Apenas 1,1% da população baiana vivia em locais com rampa de acesso para pessoas cadeirantes. No país, a média era de 3,9%.

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