A Concessionária Ponte Salvador-Itaparica encaminhou nota ao portal Bahia Econômica com relação às reportagens realizadas pelo portal sobre o empreendimento. Em relação à matéria informando que a ponte terá apenas três pistas sem acostamento, (Veja aqui) a concessionária reafirmou o que foi colocado na matéria, informando que a decisão de fazer apenas três pistas por sentido, sendo a terceira funcionando como acostamento, foi tomada levando em conta estudo de demanda de tráfego que considerou o crescimento populacional para os próximos 30 anos.
Segundo a concessionária inicialmente duas pistas serão suficientes e, além disso, haverá uma barreira móvel que dividirá os sentidos do trânsito e poderá ser deslocada para qualquer um dos lados, conforme for a demanda do momento como, por exemplo, em feriados e datas comemorativas.
A concessionária diz ainda que as normas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para projeto de rodovias exigem apenas projeção de tráfego para os próximos dez anos após o início de operação e no caso da ponte a projeção foi para 30 anos. E ressaltou que a estrutura da ponte não permitirá ampliação e “após o alcance da capacidade de tráfego projetada e, em caso de necessidade, só seria possível a construção de um outro equipamento totalmente novo” ou o uso de outra alternativa de mobilidade.
Em relação aos questionamentos relacionados com o vão central da ponte, (Veja aqui), a concessionária afirmou que, efetivamente, ele terá 482 metros de extensão, de eixo a eixo, e 85 m acima do nível do mar e que foi que projetada empregando a norma americana AASHTO, usada mundialmente na elaboração de projetos desta natureza. Foi levado em consideração o tráfego marítimo esperado para os próximos 50 anos, considerando os maiores navios do mundo, inclusive aqueles sem histórico de tráfego na Baía de Todos os Santos.
Ainda com relação à questão portuária, a concessionária afirma que por conta da construção da ponte haverá o aumento da área da bacia de evolução para acesso ao Porto de Salvador, pois será realizada a dragagem, um investimento de aproximadamente R$ 180 milhões. Reportando-se às considerações feitas pela Usuport (aqui), a concessionária afirma que os navios que atracam em Salvador não necessitarão atravessar a ponte e não haverá necessidade de incremento nas atividades dos práticos nas operações no terminal portuário de Salvador.
A concessionária afirma ainda que a Ponte Salvador-Itaparica deve ser considerada apenas um vetor de escoamento do tráfego e que dentro dos próximos 30 anos, certamente outras soluções de mobilidade deve ser criadas para a melhoria da logística no estado da Bahia.