Neste ano de 2022, os festejos de São João serão especiais. Após dois anos bem complicados por conta do coronavírus, o retorno dos eventos presenciais trará ganhos importantes para a cadeia da economia de serviços e comércio, na Bahia.
No caso do comércio, a expectativa da Fecomércio-BA é de aumento de 5,2% nos dois setores que mais se beneficiam com a data: Supermercados e Vestuário. No entanto, não é um dado específico do movimento financeiro do período comemorativo, mas ajuda, pelo menos, a captar a tendência do mês, e será positiva.
“O faturamento no mês desses dois setores, no estado da Bahia, deve ficar próximo a 2 bilhões de reais, quase 100 milhões a mais do que junho de 2021. O setor supermercadista tende a crescer 5,3% na comparação anual com faturamento de 1,5 bilhão, e as lojas de vestuário, tecidos e calçados devem faturar R$ 510 milhões, aumento de 4,4% no contraponto anual”, destaca o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze.
Com a economia aberta seria natural um desempenho favorável desses setores. Porém, certamente, os festejos de São João terão um peso no resultado do mês. Para Dietze, esse impacto irá ocorrer “tanto por parte dos consumidores que irão aos supermercados para montar os encontros em casa, quanto dos organizadores de eventos, donos de hotéis e pousadas, que precisam abastecer os locais para atender ao público”.
No entanto, os consumidores precisarão gastar mais para comprar o mesmo produto do ano passado. A inflação geral na Região Metropolitana de Salvador foi de 13,24% em 12 meses até meados de maio. Porém, os itens relacionados à data comemorativa estão mais caros. A farinha de trigo cresceu 27,40%, seguido de vestuário (24,56%), milho-verde em conserva (22,33%) e mandioca (19%).
“De forma geral, junho tende a ser um mês positivo nos setores do comércio que são influenciados pela festa de São João, apesar do aumento de preços acima da inflação geral. A volta do evento presencial e com grande expectativa da população da região trará grandes benefícios para a economia, além do impulso nas vendas, muitas oportunidades de emprego”, esclarece o economista da Fecomércio-BA.
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