A falha no rebocador que provocou a colisão de dois vagões do metrô de Salvador, que descarrilaram, na altura da Estação Pirajá, ainda estão sendo investigadas, informou a CCR Metrô Bahia, concessionária do serviço. O acidente aconteceu nas imediações do bairro de Bom Juá, um dos trechos da Linha 1. O carrinho de reboque [em amarelo na foto acima] é responsável pela inserção e retirada de trens no sistema durante os horários de maior pico no modal e era dirigido por um operador na hora da ocorrência. Seis pessoas, entre passageiros e funcionários da CCR Metrô Bahia ficaram feridas. O trecho onde a situação ocorreu está interditado e só deve voltar a operar nesta quinta-feira (02).
Apesar da causa do acidente ainda não ter respostas completas, os moradores da rua das Pedreiras, no Calabetão, não vão esquecer do susto tão cedo (leia mais abaixo). Uma das testemunhas estava na cozinha quando ouviu o barulho e chegou a pensar que era uma explosão de gás, pois quando chegou na janela de casa, ainda viu fumaça saindo dos vagões e dois funcionários que estavam no reboque saindo machucados. “Um deles estava com o braço ferido”, contou ela, que mora em frente ao local onde ocorreu a colisão.O vagão que bateu no reboque estava vazio e o outro em que ele colidiu na sequência transportava passageiros, segundo testemunhas que acompanharam a saída das pessoas dos carros. Vídeos que circularam nas redes sociais durante o dia mostravam os passageiros narrando a situação.
A concessionária disse, em nota, que análises preliminares apontam que houve falha no rebocador. O diretor da CCR Metrô Bahia, André Costa, informou que a operação dos veículos rebocadores é feita todos os dias de forma programada e em horários diferentes, para inserir e retirar as composições do sistema, atendendo sempre à demanda de passageiros. “Foi uma falha em um rebocador que trazia um dos trens, mas não sabemos a causa da falha, isso está sendo apurado”, afirmou. Rm entrevista à TV Bahia, o diretor detalhou que a falha no rebocador fez com que o vagão sendo puxado se deslocasse mais rápido que o previsto e entrasse na via muito depressa, encostando no último vagão de um trem que vinha passando na hora.
Arisson Marinho/CORREIO