Na manhã desta terça-feira (31), em uma assembleia os professores da rede municipal de ensino de Salvador, decidiram encerrar a greve, que teve uma duração de duas semanas.
O Tribunal de Justiça da Bahia ( TJ-BA) determinou na última sexta-feira ( 27) a suspensão da greve e o retorno imediato dos profissionais às salas de aula, após a Prefeitura de Salvador alegar que a greve teve indícios de ilegalidade e abusividade, com o sindicato realizando bloqueios para impedir o acesso de servidores às repartições públicas e escolas.
Segundo o comunicado, está a ausência da quantidade de votos dos filiados que manifestaram apoio à greve e nem o percentual mínimo de servidores em atividade. Outro ponto levantado é o desrespeito ao prazo mínimo de 72 horas de antecedência para a comunicação da greve.
Entre as reinvindicações da categoria está a equiparação salarial ao piso nacional, a alteração no pagamento do auxílio alimentação, a mudança de nível da categoria (valorizando profissionais que tenham pós-graduação, mestrado, doutorado), além da melhoria na qualidade das escolas de uma forma geral.
O titular da Smed, Marcelo Oliveira, afirmou que o órgão já usou mais que a totalidade disponível de recursos destinados ao pagamento de professores. O secretário explica que esse reajuste de 11,37% foi dividido da seguinte forma: 6% de reajuste horizontal em toda a tabela da categoria, e o avanço de dois níveis indiscriminadamente para todos os professores (um reajuste de 2,5% + 2,5%), coisa que normalmente só é feita após avaliação.
Diretora administrativa da APLB-BA afirmou que a greve foi de completa responsabilidade do Executivo municipal.
FOTO: Shirley Stolze | Ag A TARDE