Após o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) determinar a suspensão da greve dos professores da rede municipal de Salvador por indícios de ilegalidade, o prefeito Bruno Reis (UB) fez um apelo para que a categoria retorne às salas de aula. “A Justiça decretou a greve como uma greve irregular e ilegal. A gente espera contar com a sensibilidade da APLB e do coletivo para que eles possam retornar às aulas”, disse o gestor, informando que ainda nesta segunda-feira (30) o secretário municipal de Gestão, Thiago Martins Dantas, se reunirá com os professores.
“A gente espera, ainda mais a partir dessa decisão judicial, que a APLB entenda as dificuldades do momento. Nós estamos dando reajuste acima da inflação do período, 6% de aumento linear e mais duas gratificações de desempenho que chegam a 11,37%”, afirmou Bruno, segundo o qual, “não tem nenhum professor de 40h que receba abaixo do piso” na capital baiana.
“Eu faço um apelo ainda mais depois de dois anos praticamente sem aulas presenciais. A gente sabe que as aulas remotas, principalmente para as crianças do ensino infantil, tem pouca eficácia. Então a gente espera que haja essa sensibilidade por parte da APLB e do sindicato, do coletivo para que eles possam retornar às aulas imediatamente”, disse o prefeito, citando o período da pandemia.
Os professores da rede municipal decidiram entrar em greve no dia 19 de maio, após assembleia. Os profissionais reivindicam um reajuste de 33,24% no piso salarial. O prefeito de salvador classificou a mobilização como “política” e afirmou que a categoria dá um “tratamento diferente” à Prefeitura em relação ao Governo do Estado. “O governo do estado passou sete anos sem dar um aumento. Nunca fizeram uma paralisação. Nunca fizeram a greve. Nós demos aumento em 2017 e 2018, em 2020 íamos dar o aumento mas veio a lei complementar que impediu o aumento do piso”, disse Bruno Reis, nos últimos dias.
Foto: Cassio Santana / bahia.ba
Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.
