“Não se pode fazer ciranda financeira com quem gera emprego, renda, produz e sustenta o Brasil na agricultura familiar, no agronegócio, no comércio, na indústria e outras atividades”. Em Vitória da Conquista, para a edição do Programa de Governo Participativo, o PGP Região Sudoeste, o senador Otto Alencar (PSD-BA) e presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, chamou atenção para o recuo do Produto Interno Bruto (PIB), falta de crescimento econômico e alta nos juros no Brasil.
Segundo ele, a política econômica praticada pelo governo federal e o ministro da Economia, Paulo Guedes, fracassou. “Desde 2019, o Brasil não tem crescimento econômico. Veio a pandemia e o PIB recuou 4,8%, em 2020. Agora era para voltar a crescer e não voltou. Exatamente porque a política do atual governo é de sustentar o dinheiro na bolsa de valores, tomando os recursos que ele mesmo segura no Banco central e nos bancos oficiais”, disse.
Sem alento – Otto Alencar ressaltou que o agricultor rural, os empreendedores e outras atividades geradoras de empregos e renda, que esperavam e tinham anteriormente o alento de um País, financiando os seus produtos com juros módicos, viu a taxa Selic disparar para 12,75%.
“No começo deste ano, o ministro da Economia, queria que os contratos assinados com o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o Fundo de Financiamento às Micro, Pequenas e Médias (FCE) e o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), saíssem do valor de contrato anterior, em torno de 3%, 4% para 12, 75%. Fomos nós, na Comissão de Assuntos Econômicos, que procuramos o Banco Central e o Ministério da Economia e conseguimos manter os contratos com os juros anterior.”
Na CAE, são debatidos e votados todos os temas econômicos do Brasil. De acordo com Otto Alencar, o País encolheu e o governo federal pratica a política do entreguismo do patrimônio público. “A ameaça agora é contra a Petrobras. Eles querem vender aos estrangeiros a maior empresa pública do Brasil e uma das maiores do mundo. Não com o meu voto”, salientou.
Ele citou como exemplo do dano da entrega do patrimônio público, o caso da Refinaria de Maratipe. Privatizada, a refinaria vende, hoje, combustível a preços superiores aos praticados pelas demais unidades da federação. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), investiga a pedido da CAE, o alto preço da gasolina, do diesel e demais derivados de petróleo, comercializados pela Acelen.