O Bahia iniciou bem a Série B do Brasileirão. Em sete jogos, o tricolor soma 13 pontos e ocupa a terceira colocação, dentro do grupo de acesso à primeira divisão. Porém, mesmo com a boa fase, o sistema ofensivo tem dado motivo para desconfiança. O alerta sobre ineficiência dos atacantes parece até um pouco confuso, já que o Esquadrão é dono do melhor ataque da competição, com nove gols em sete jogos. Mas, com exceção da goleada sobre o Londrina, por 4×0, na 6ª rodada, o time apresentou muita dificuldade para balançar as redes adversárias.
Na derrota para o Vasco, domingo (15), por 1×0, em São Januário, o tricolor até conseguiu exercer certo domínio sobre o adversário, mas repetiu velhos erros e não transformou em gols as chances criadas. De acordo com o SofaScore, site que analisa os dados dos jogos, o Bahia finalizou 21 vezes contra oito do Vasco. O problema é que enquanto o time carioca balançou a rede no único chute que mandou em direção ao gol, pelo lado baiano faltou pontaria. Os homens de frente tricolores acertaram somente quatro bolas na direção da meta
A dificuldade para fazer gols tem sido uma marca dos comandados do técnico Guto Ferreira neste início de Brasileirão. Basta observar os números. Segundo dados do site FootStats, também especialista nos números do futebol, o Bahia é o terceiro time que mais finaliza na Série B, com 108 chutes para o gol: média de 15,4 por jogo. O clube fica atrás só de Náutico (116) e Criciúma (110). No entanto, o Bahia é a equipe que mais erra o alvo no torneio. Dos 108 chutes arriscados, 78 foram para fora. Ou seja, 72,2% das finalizações não exigiram participação do goleiro adversário.
Após a derrota para o Vasco, Guto Ferreira criticou o desempenho ofensivo no jogo. “O que vale é bola na rede. Não adianta nada criar mais situações. Acho que o Bahia fez uma boa partida. Temos nos precipitado um pouco nos lances de finalização”.
Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia