O pré-candidato ao Governo da Bahia pelo PSOL, Kleber Rosa, recordou, nesta segunda (16), os 21 anos do episódio que ficou conhecido como Invasão da UFBA, quando milhares de estudantes foram impedidos pela Polícia Militar de protestar contra o então senador ACM que fraudou o painel do Senado no episódio da cassação do senador Luís Estevão. “Eu, como aluno da UFBA e líder estudantil, participei diretamente do processo de mobilização e de toda a logística da manifestação. Podemos dizer que aquele foi o primeiro passo para a derrota do carlismo no Estado e precisamos manter isso em mente agora que o mesmo grupo está tentando se disfarçar do novo, pretende voltar ao poder”, disse Kleber.
Para o pré-candidato do PSOL, a forma como a polícia reprimiu aquele movimento é apenas uma demonstração do que pode voltar a ocorrer na Bahia a depender do que aconteça nas eleições de outubro. “Fomos às ruas fazer o bom combate, mostrando nossa indignação e nosso protesto, e fomos barbaramente reprimidos. A Bahia e os baianos não podem voltar a ter medo de ir às ruas e defender o que é certo”, afirmou.
A repressão ao protesto foi o desdobramento da tensão iniciada por movimentos que pediam a cassação do então senador Antônio Carlos Magalhães, ACM, no contexto dos trabalhos do Conselho de Ética do Senado, que apurou uma fraude no painel eletrônico da casa legislativa na sessão pela cassação do mandato do senador Luiz Estevão, em julho de 2000.
Kleber Rosa, na ocasião, era aluno de Ciências Sociais da UFBA e já trabalhava como servidor público concursado. Integrante do DCE, ele participou da logística da manifestação que tentava chegar até a porta da residência do senador. “Para se ter uma ideia, eu e apenas outros dois companheiros tínhamos naquele dia o conhecimento do trajeto real que a manifestação teria. E, mesmo assim, a polícia ocupou tudo e invadiu a UFBA para impedir o nosso livre direito. Esse tempo de repressão não pode voltar na Bahia”, afirmou o pré-candidato.
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