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APÓS DECISÃO DO STF, ESTADOS BUSCAM MANTER ARRECADAÇÃO DE ICMS

Redação - 15/05/2022 06:16

Neste sábado (14) o Comitê Nacional de Secretários da Fazenda (Comsefaz), realizou uma reunião para discutir sobre as possibilidades de reverter os efeitos da decisão do ministro do STF, André Mendonça, que suspendeu a manobra responsável por uma alíquota única de ICMS sobre o diesel nos estados. Na reunião que foi realizada de forma online, o Comsefaz acatou a decisão do ministro, mas após o encontro, informou através de nota que os secretários buscam “achar melhor solução, ou seja, a que de fato esteja em concordância com as diretrizes constitucionais, respeitando a autonomia dos Estados e contribuindo para o controle dos preços dos combustíveis, o maior anseio da população brasileiro”.

Na decisão desta sexta-feira (13), Mendonça suspendeu de forma liminar (provisória) cláusulas de uma norma contrária à lei que instituiu uma alíquota única de ICMS sobre o óleo diesel para todos os estados, em reais por litro, cobrada apenas na etapa de produção. Ele atendeu a um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), apresentado por meio da AGU (Advocacia-Geral da União), que tentava garantir a redução do ICMS sobre o combustível prevista em lei aprovada pelo Congresso em março. Essa lei previa um período de transição, até o fim do ano, em que os estados deveriam fixar uma alíquota equivalente à média dos últimos 60 meses, o que representaria queda na carga tributária atual sobre os combustíveis.

Mas, em reunião no fim de março, o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) decidiu estabelecer uma alíquota única de R$ 1,006 por litro, permitindo que cada estado dê um desconto para chegar à sua alíquota atual. Na prática, portanto, não houve mudança no valor cobrado pelos governos estaduais, que vêm registrando recordes de arrecadação com o ICMS sobre os combustíveis. Pesquisa de preços divulgada nesta sexta mostrou que o preço do diesel nas bombas bateu recorde novamente no país.

 

Divulgação/Agência Brasil

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