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BRASKEM REGISTRA LUCRO LÍQUIDO DE R$ 3,9 BILHÕES E RECEITA DE VENDAS DE R$ 26,7 BILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Redação - 12/05/2022 09:00 - Atualizado 12/05/2022

A Braskem registrou um lucro líquido de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre de 2022, 56% superior ao registrado nos três primeiros meses de 2021 e 632% acima do trimestre anterior. A receita líquida de vendas alcançou R$ 26,7 bilhões no trimestre, 18% maior do que no mesmo período do ano passado, e o Ebitda Recorrente foi de R$ 4,9 bilhões, 30% inferior ao primeiro trimestre do ano passado. A alavancagem corporativa, medida relação dívida líquida/Ebitda Recorrente em dólares, encerrou o trimestre em 1,0x, enquanto a posição de caixa ficou em US$ 1,8 bilhão, patamar que garante a cobertura dos vencimentos de dívida pelos próximos 69 meses, não considerando o a linha de crédito rotativo internacional disponível até 2026.

“Apesar da volatilidade do cenário no período por causa das tensões geopolíticas, a Braskem apresentou no trimestre um bom resultado, em função da estratégia de diversificação de matéria-prima e de geografias que implementou na última década. Com isso, a Companhia se tornou uma empresa mais resiliente a essas variações de mercado”, afirma Roberto Simões, presidente da Braskem.

Em maio, foi realizado o pagamento de dividendos de R$ 1,35 bilhão, com base no resultado do exercício de 2021. Somados aos R$ 6 bilhões pagos em antecipação em dezembro, o total de dividendos foi de 7,35 bilhões, ou seja, 77,5% do lucro líquido ajustado do ano passado.

O início do ano foi marcado por sucessivos destaques socioambientais. Um deles foi a implementação do Conselho Consultivo de Desenvolvimento Sustentável, que apoiará as estratégias de combate às mudanças climáticas. O Conselho é formado por quatro especialistas independentes selecionados com base em suas experiências e diversidade de perfis. Esse conselho externo tem como objetivo vai auxiliar o Comitê Global de Desenvolvimento Sustentável, composto pelos executivos da Companhia, no direcionamento das suas estratégias para 2030 e 2050.

A Companhia tem como principais “avenidas de crescimento” a expansão dos negócios de renováveis e de reciclagem e a melhoria da produtividade dos ativos existentes. Seguindo essa estratégia, o ano já registra marcos importantes na frente de expansão dos negócios de renováveis e reciclagem.

Hoje, a Braskem anuncia a assinatura de contrato de uma joint venture nos Países Baixos com a Terra Circular. A joint venture vai utilizar uma tecnologia inovadora para converter resíduo plástico de baixa qualidade em artigos finais. A capacidade de reciclagem do empreendimento é de 23 mil toneladas por ano de resíduos plásticos mistos em peças moldadas por compressão (placas para uso em construção e paletes). Uma vez atendidas as condições precedentes, a Braskem se tornará controladora da joint venture, com a possibilidade de estender o uso da tecnologia para outras regiões.

Em março, foi inaugurada a primeira linha de reciclagem mecânica do Brasil em Indaiatuba (SP). O projeto é fruto da parceria com a Valoren, empresa desenvolvedora de tecnologia e gestora de resíduos para transformação em produtos reciclados. A expectativa é de que sejam produzidas 14 mil toneladas de resina de alta qualidade a partir da reciclagem de 250 milhões de embalagens pós-consumo feitas de polietileno e polipropileno. Essa resina será reutilizada como matéria-prima na indústria de transformação.

No mesmo mês, a Braskem anunciou a assinatura do contrato de cooperação com a Sojitz Corporation para constituição de uma joint venture para a produção e comercialização de bio-MEG (monoetilenoglicol) e bio-MPG (monopropileno glicol), condicionados à conclusão do desenvolvimento da tecnologia. O plano de negócios da joint venture prevê na primeira fase investimentos para implementação de três plantas industriais, condicionados à conclusão do desenvolvimento da tecnologia, a qual contará com o apoio e a expertise da dinamarquesa Haldor Topsoe.

Em abril, a Braskem anunciou a assinatura do segundo contrato com a EDF Renewables América Latina para a compra de energia eólica, que viabilizará a construção de um novo complexo localizado no sudoeste da Bahia. Com expectativa de iniciar as operações em 2024, o novo complexo eólico abastecerá as operações da Braskem com energia renovável durante 20 anos.

Além disso, a Braskem adquiriu uma participação acionária minoritária nas geradoras de energia eólica Ventos de Santa Amélia e Ventos de Santo Abelardo, ambas controladas pelo FIP Salus do grupo Casa dos Ventos, inserindo a Companhia no regime de autoprodução de energia renovável.

Nos Estados Unidos, a Braskem adquiriu participação acionária minoritária na Nexus Circular, empresa que atua em reciclagem avançada que converte plásticos destinados a aterros sanitários em matérias-primas circulares, usadas na produção de plásticos virgens sustentáveis.

Alagoas

Em Alagoas, a Braskem continua avançando na implementação do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, que é fruto do acordo entre a Braskem e autoridades alagoanas para o atendimento da população afetada pelo fenômeno geológico em Maceió.

Até maio, mais de 14 mil imóveis já foram desocupados, ultrapassando 97% da área definida pela Defesa Civil. Mais de 13 mil propostas de indenização foram apresentadas, com 99,5% de aceitação. Dessas, 10,2 mil indenizações já foram pagas, num total de R$ 2,18 bilhões entre indenizações e auxílios financeiros. Mais de 3,4 mil propostas de compensação foram apresentadas para comerciantes e empresários.

A Companhia vem atuando proativamente em todas as dimensões relativas a Alagoas e cumprindo integralmente os compromissos assumidos, ressaltando ainda: conclusão do diagnóstico ambiental da área e avanço significativo no diagnóstico social; conclusão do Plano de Mobilidade Urbana e início das ações previsto para o próximo trimestre; início das obras de demolição da encosta do Mutange; e seguimento no plano de fechamento dos poços de sal.

Foto: divulgação

 

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