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SALVADOR VIVE SURTO DE VIROSE

Redação - 05/05/2022 14:33

 Salvador vive um surto de virose, e apesar da corrida para as emergências e farmácias, autoridades de saúde garantem que não há motivo para alarme.

“Estamos observando uma quantidade maior de pacientes em Salvador procurando as emergências e UPAs por conta de quadro intestinal com diarreia, náusea, vômito, dor abdominal e alguns com febre e sintomas respiratórios”, coloca a infectologista do Hospital Aliança Áurea Paste. A virose não é específica de Salvador, já há relatos de surtos também em cidades do Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Pará, por exemplo.

A estudante Alana Soares, de 22 anos, foi uma das infectadas. Ela diz que não chegou a procurar atendimento médico. “Eu tive ainda em abril. Passei o dia todo indo ao banheiro com diarreia e vômito. Aí veio logo um mal estar, uma fraqueza. Mas fui colocando iogurte, fruta e água de côco para dentro e melhorei. No dia seguinte, ainda fiquei com uma diarreia leve, mas, no terceiro dia, acordei como se nada tivesse acontecido”, lembra.

Segundo especialistas, o fenômeno é comum nesta época do ano. “Nesse período de outono-inverno, já esperamos um aumento da procura por unidades de emergência por pacientes com sintomas virais; é época de umidade, menos calor. Mas outra coisa que precisamos levar em conta é a retomada das atividades e a flexibilização do uso de máscaras. Isso acaba favorecendo a circulação de vírus respiratórios através das secreções que transmitimos ao falar, tossir e espirrar”, diz a infectologista da Secretaria Municipal de Salvador (SMS), Adielma Nizarala.

A farmacêutica Débora Almeida diz que, há cerca de uma semana, vem aumentando a procura por medicamentos para tratar viroses. “Tem muita demanda por probióticos e soro de reidratação oral, os clássicos para dor de barriga e vômito. E muitos colaboradores das farmácias estão apresentando esses sintomas também”, conta. Além desses, outros medicamentos procurados são os xaropes, para tosse, e pastilhas para garganta por conta de incômodo e rouquidão.

A médica, que é infectologista da SMS, afirmou que não há comprometimento das emergências das unidades públicas de saúde em Salvador. Mauro Adam, presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (AHSEB), afirmou que o cenário é o mesmo em relação às unidades privadas.

Foto: Arisson Marinho/CORREIO

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