O silêncio incomum reinava na manhã desta quinta-feira (5) no Colégio Estadual Ministro Aliomar Baleeiro, em Pernambués. As salas e pátio estavam vazios em consequência à ocupação da Polícia Civil no bairro.
“Os alunos não vieram com medo de sair de casa, porque a maioria mora onde a polícia estava agindo logo cedo. Sabendo disso, a maioria dos professores também não veio. Por isso as aulas foram suspensas hoje”, disse um vigilante.
A escola foi marcada recentemente por um triste episódio em março deste ano. O estudante Max Santos de Oliveira, 18 anos, foi morto no estacionamento da unidade. No dia, testemunhas afirmaram que o responsável pela morte de Max é ex-aluno e teria entrado no local alegando que iria pegar documentos pendentes.
Além do vigilante, na escola estavam alguns funcionários da área administrativa do colégio, entre eles a diretora, que não quis falar sobre o assunto. Procurada, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) disse que suas escolas no bairro, os Colégios Estaduais Kleber Pacheco, Professora Mariinha Tavares e Ministro Aliomar Baleeiro “estão abertos para o desenvolvimento normal das atividades”.
Duas escolas municipais também não funcionaram por conta da operação – a Risoleta Neves e a Marisa Boqueiro Costa. “Assim que possível, as aulas serão restabelecidas”, diz a Secretaria Municipal da Educação (Smed) em nota.
Foto: Bruno Wendel/CORREIO