As vendas do comércio varejista na Bahia no primeiro bimestre estão praticamente iguais as do mesmo período do ano passado, de acordo com cálculos da Fecomércio-BA divulgados nesta quinta-feira, 5, com base nos dados do IBGE. O desempenho está abaixo das expectativas que havia no final do ano passado. E o problema desse cenário é que há o impacto no emprego, com o fechamentos de 2,9 mil vagas formais de trabalho no setor baiano, no primeiro trimestre do ano, segundo dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
“Evidentemente, com os eventos não esperados, como a Ômicron e a guerra da Ucrânia trazendo mais pressão sob os preços, o ânimo dos varejistas esfriou”, aponta o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, acrescentando que este cenário se reflete em quedas consecutivas no Índice de Confiança do Empresário do Comércio de Salvador (ICEC).
O ambiente descrito impacta no emprego formal, variável crucial para a proteção da renda contra a inflação. O destaque negativo é do grupo de artigos de vestuário, calçados e acessórios com saldo de admitidos e demitidos de 1,9 mil postos fechados no período.
Outro setor que apresentou saldo negativo relevante foi o de móveis e artigos de iluminação com 424 vagas fechadas. E se adicionar as lojas de artigos de cama, mesa e banho, o saldo sobe para -756 vagas. Tem sobrado também para o setor básico da economia, o de alimentos e bebidas. No primeiro trimestre, houve fechamento de 346 empregos formais nos hipermercados e supermercados.
Foto: Reprodução/Fecomércio