O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar nesta quarta-feira (27) decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) e cobrou a participação de militares na apuração dos votos das eleições deste ano. “Eles [o TSE] convidaram as Forças Armadas a participarem do processo eleitoral. Será que esqueceram que o chefe supremo das Forças Armadas se chama Bolsonaro?”, disse ainda o presidente em evento no Palácio do Planalto.
Mobilizado pelas bancadas evangélica e da bala do Congresso, o ato serviu de apoio ao presidente no momento em que ele, mais uma vez, desafia o STF ao conceder perdão de pena ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). Apesar de ter envolvido duas das maiores frentes parlamentares, o evento não lotou e teve número de presentes similar a de outras cerimônias realizadas no Planalto. Mais de 20 parlamentares discursaram. A tônica dos discursos foi de críticas à imprensa, à esquerda e ao Supremo.
A frente ruralista foi convidada, mas não deu defendeu formalmente à manifestação. Integrantes da bancada disseram que só apoiam assuntos que não tratam do agro em casos excepcionais, como o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Bolsonaro chamou o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, de mentiroso durante o discurso ao afirmar que não havia sigilo sobre dados de um inquérito divulgado que divulgou em 2021.
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