O Vitória tem um déficit orçamentário de mais de R$ 42 milhões. O valor faz parte do balanço patrimonial do exercício encerrado no dia 31 de dezembro de 2021 e publicado pelo clube na noite de terça-feira (26).
De acordo com o documento, a dívida é decorrente do não pagamento de obrigações tributárias, cíveis e trabalhistas vencidas ao longo do ano passado: PROFUT, IPTU e Contencioso Judicial.
O PROFUT deixou de ter as parcelas pagas na totalidade a partir de julho de 2021 e representa um impacto no balanço de mais de R$ 3 milhões. O IPTU deixou de ser pago em janeiro do ano passado e gerou uma dívida de quase R$ 25 milhões. Já os valores retidos referentes a bloqueios por ações cíveis e trabalhistas na Justiça originadas em gestões anteriores ao exercício 2021 são da ordem de mais de R$ 15 milhões.
Segundo nota oficial emitida pelo Vitória nesta quarta-feira (27), os cofres do clube teriam lucro de R$ 943 mil se não existissem essas dívidas. “Sem os efeitos destes registros o Esporte Clube Vitória, apresentaria resultado contábil positivo de R$ 943 mil no exercício 2021, demonstrando que o Clube com uma gestão competente, transparente e trabalho conjunto, tem condições de reverter estes resultados no médio prazo e retomar o equilíbrio econômico e financeiro da instituição”, diz um trecho da nota, assinada pelo presidente em exercício do Vitória, Fábio Mota.
Entre abril de 2019 e setembro de 2021, o Vitória foi presidido por Paulo Carneiro. O ex-dirigente foi afastado do cargo por indícios de gestão temerária, segundo o Conselho Deliberativo, e a função foi assumida pelo então vice-presidente, Luiz Henrique. Este último solicitou afastamento no final de outubro, quando o posto passou a ser ocupado de forma interina por Fábio Mota, que também acumula a função de presidente do Conselho Deliberativo.
Foto: reprodução/primeirojornal