Segundo um levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), hoje no Brasil, quase sete mil obras estão paradas. Em números exatos, são 6.932 obras que, entre 2012 e 2021, tiveram os trabalhos iniciados entre 2012 e 2021, mas não foram concluídas. Os investimentos somam R$ 9,32 bilhões. Segundo a listagem, os maiores valores da lista das obras paradas estão concentrados em programas habitacionais e de educação, o que inclui a conclusão dos esqueletos de escolas, unidades de saúde, pavimentação de estradas, canalização de esgoto e iluminação pública. A entidade diz que são obras que foram iniciadas com convênios e contratos de repasse com recursos federais e contrapartida de recursos municipais. “É um desperdício de dinheiro público. São obras inacabadas que estão no meio do mato”, classificou Paulo Ziulkoski, presidente da CNM.
O estudo da CNM ressalta que a legislação, regras e gestão de projetos, além da própria execução orçamentária podem levar a uma situação de paralisação e mesmo de abandono dos trabalhos. Pelo governo federal, o problema principal é apontado como a grande de convênios e editais aos municípios sem regras claras, o que estimulou a realização de projetos e a busca de recursos nos ministérios por parte dos municípios. E quando ocorre a soma de todos eles, se percebe que não há orçamento para eles. Em contrapartida, dos municípios, são apontados problemas de capacidade técnica, projetos mal planejados e dificuldades de operacionalização dos convênios. As informações são do Jornal Estado de São Paulo.
Foto: divulgação
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