Em leilão sem participação da Petrobras, o governo concedeu nesta quarta-feira (13) 59 áreas para exploração de petróleo no país, em leilão que arrecadou R$ 422,4 milhões. Do total arrecadado, 98% foram oferecidos por Shell, Ecopetrol e Total pela concessão de oito áreas na Bacia de Santos.
Os maiores lances foram dados pela francesa Total Energies e por um consórcio formado por Shell e Ecopetrol. A primeira se comprometeu a pagar R$ 275 milhões por duas concessões; o segundo ofereceu R$ 140,2 milhões por seis áreas.
As concessões estão fora do chamado polígono do pré-sal, onde estão as maiores descobertas de petróleo do país, mas ainda assim com potencial de descobertas de jazidas abaixo da camada de sal. As empresas vencedoras do leilão desta quarta se comprometeram a investir R$ 307,9 milhões na região.
Foi o terceiro leilão do modelo de oferta permanente, que funciona como uma espécie de vitrine de áreas para exploração e produção de petróleo no país. Nesse modelo, as empresas demonstram interesse por áreas disponíveis, levando a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) a abrir leilões.
Deve ser o modelo vigente no país nos próximos anos, após o fim dos megaleilões de petróleo realizados nos anos 2010, que tinham áreas com maior conhecimento geológico e, por isso, arrecadavam bônus bilionários.
A ANP ainda prevê para este ano um leilão da oferta permanente de áreas dentro do polígono do pré-sal, que têm contratos diferentes de exploração, chamados contratos de partilha. Esse modelo garante ao governo presença na decisão de investimentos e parte do petróleo produzido.