O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou, nesta sexta-feira (8), que a oposição no Senado assinou o requerimento para instalar a Comissão de Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as suspeitas de corrupção no MEC (Ministério da Educação). Veneziano Vital (MDB-PB) foi o vigésimo sétimo senador a assinar o requerimento, completando as 27 assinaturas necessárias para a abertura da comissão. A informação foi confirmada pelo próprio Vital, que se autointitulou como um ‘defensor de investigações’.
“Acabamos de assinar o requerimento para a instalação da CPI do MEC. Com nossa assinatura, foi alcançado o número regimental para a instalação. Sempre fui um defensor de investigações, em casos como este, para que se obtenha a verdade dos fatos. Não poderia ser diferente agora.”, disse. Mais cedo, Randolfe comemorou a adesão de Vital, que fechou a conta para a proposição da CPI à Comissão Diretora do Senado, que irá analisar a legalidade regimental da proposta. “Atenção! Acabei de receber a comunicação do querido e combativo Senador Veneziano Vital de que assinará a CPI do MEC. Com isso temos o mínimo constitucional para pedir a instalação.”, escreveu Randolfe em suas redes sociais.
Desde o fim de março, a oposição coleta assinaturas para a abertura da comissão, movimento que ganhou força depois que prefeitos afirmaram ao Senado, na última terça (5), terem recebido pedidos de propina de pastores ligados ao ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. No requerimento, Randolfe pede uma equipe de 11 titulares e 11 suplentes para conduzir os trabalhos, que devem durar 90 dias.
“Diante dos graves fatos narrados acima, cabe ao Senado Federal cumprir o seu dever de monitoramento e fiscalização e apurar as irregularidades e crimes praticados na destinação das verbas do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)”, escreveu Randolfe no requerimento de abertura da CPI.
Foto: Clauber Caetano/Agência Brasil