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INFLAÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR ACELERA PARA 1,53% EM MARÇO

Redação - 08/04/2022 14:40 - Atualizado 08/04/2022

Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em 1,53% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O indicador voltou a acelerar (aumentar mais do que no mês anterior), depois de três desacelerações seguidas (havia sido de 1,04% em dezembro, 0,86% em janeiro e 0,83% em fevereiro). Considerando todos os meses do ano, foi a maior inflação na RM Salvador desde janeiro de 2016, quando o IPCA havia ficado em 1,69%. Levando em conta apenas os meses de março, o índice é o maior em 11 anos, desde 2011 (1,98%). Apesar de elevado, o IPCA na Região Metropolitana de Salvador (1,53%) ficou abaixo do nacional, que foi de 1,62%, o maior para um mês de março desde antes do Plano Real, em 1994. E foi apenas o 9o mais elevado entre as 16 áreas pesquisadas separadamente.

A inflação de março ficou mais alta na RM Curitiba/PR (2,40%) e nos municípios de Goiânia/GO (2,10%) e São Luís/MA (2,06%). Por outro lado, os índices mais baixos foram registrados em Rio Branco/AC (1,35%), Brasília/DF (1,41%) e Aracaju/SE (1,43%). Com o resultado de março, o IPCA na RM Salvador acumula alta de 3,26% no primeiro trimestre de 2022. Está ligeiramente acima do índice nacional (3,20%) e é o 8º mais elevado entre os 16 locais investigados.

Nos 12 meses encerrados em março, a inflação na RM Salvador chega a 12,13%, frente a 11,33% em fevereiro. No Brasil como um todo, o IPCA acumula alta de 11,30% nos 12 meses encerrados em março, com 14 das 16 áreas mantendo inflação igual ou maior que 10,00%. O quadro a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês, no ano e nos 12 meses encerrados em março de 2022.

Em março, a inflação oficial na Região Metropolitana de Salvador (1,53%) foi resultado de aumentos nos preços médios em oito dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. Os três maiores aumentos e as três maiores pressões de alta no custo de vida da RMS vieram, respectivamente, dos transportes (3,48%), alimentação e bebidas (1,89%) e habitação (1,46%). Esses são também os três grupos de despesas mais importantes nos orçamentos das famílias.

Os combustíveis em geral (7,18%) foram os que mais puxaram o IPCA dos transportes para cima. A gasolina (6,74%) exerceu a maior pressão inflacionária individual em março, na RM Salvador, e o diesel (14,10%) teve a quinta maior contribuição de alta. A gasolina é o subitem de maior peso no IPCA da RMS e já acumula alta de 28,78% nos 12 meses encerrados em março.

Já os alimentos (1,89%) tiveram o maior aumento mensal desde novembro de 2020 (2,11%), puxados por itens consumidos em casa (2,20%) como o pão francês (6,23%), a cenoura (33,91%) e o óleo de soja (15,60%). Os aumentos disseminados entre os alimentos ocorreram por uma série de fatores, principalmente climáticos, mas também relacionados ao custo do frete. “O aumento nos preços dos combustíveis acaba refletindo em outros produtos, entre eles os alimentos”, analisa Pedro Kislanov, gerente do IPCA.

Outra alta bastante importante em março, na RM Salvador, foi a do gás de botijão (5,18%), que exerceu a segunda principal pressão inflacionária individual no mês e ajudou a puxar o grupo habitação para cima, ao lado da energia elétrica (2,06%). O grupo artigos de residência (-0,02%) foi o único a ter uma variação negativa nos preços em março, na RMS. Foi influenciado por quedas em aparelhos eletroeletrônicos (-1,19%) como televisores (-3,33%) e computadores pessoais (-1,46%). Deflações em subitens importantes, como o frango em pedaços (-5,15%) e plano de saúde (-0,70%), também ajudaram a evitar um aumento  ainda maior do IPCA em março.

Foto: divulgação

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