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LÁZARO RAMOS E TAÍS AVALIAM GOVERNO: ‘4 ANOS INFERNAIS’

Redação - 07/04/2022 14:58 - Atualizado 07/04/2022

Lázaro Ramos tem motivos a comemorar e também a lamentar. Seu longa de estreia na direção, “Medida Provisória”, chega aos cinemas nacionais na próxima semana, trazendo a história de um Brasil distópico sob um governo autoritário no qual os negros são expulsos do país e enviados para viver na África. O que é só ficção, porém, se aproxima da dura realidade quando casos reais de racismo ganham as notícias diariamente.

“O filme vem de uma peça de 2011 e o roteiro ficou pronto em 2015. A gente pensava ‘vamos criar uma distopia do futuro que a gente não quer que aconteça para alertar a sociedade’. Infelizmente, várias coisas aconteceram. É culpa da realidade”, pontua Lázaro, em papo com Splash. Vale lembrar que o filme enfrentou grande resistência do governo e da Ancine para ser liberado em grande circuito nacional.

No longa, Taís Araújo dá vida a Capitu, médica que se vê separada à força do marido Antonio (Alfred Enoch), quando a medida provisória é aplicada no país. Em um ano decisivo de eleições e com tantas pautas em jogo, como Taís percebe a possibilidade de um novo futuro pós-governo Bolsonaro? “A mudança está nas nossas mãos. Não foram quatro anos difíceis. Foram infernais, foram um pesadelo. Desespero, aumento da miséria. A gente andou para trás a galope. Não dá para continuar. O poder está nas mãos do povo”, acredita.

Lázaro concorda que as eleições deste ano são a oportunidade de mudar a história do Brasil, ou pelo menos dar um pontapé inicial. “Espero que a gente tenha consciência e faça uma escolha diferente. Na última eleição, tinham 11 ou 13 candidatos e o Brasil escolheu isso. O Brasil experimentou um gosto muito amargo, um gosto perverso”, lamenta sobre os anos de governo Bolsonaro.

“Estou ansioso para conseguir ter esperança. Não sei se tenho. Estou fazendo, contribuindo, levando discussões. Não sei se dá para ficar só na esperança, precisamos agir. Falam que o Brasil é o país do futuro. Chega. O Brasil tem que ser o país do agora. A gente precisa fazer uma escolha diferente senão só piorará”, pede Lázaro.

Foto: Tv Globo

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