Segundo números da Federação do Comércio do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), o setor de farmácias e perfumarias, teve alta de 23,8%. O faturamento de janeiro foi de R$ 1,2 bilhão, o maior para o mês da série histórica, que começou a ser registrada em 2011. Para o economista Guilherme Dietze, a alta é explicada pelas questões impostas pela pandemia, que acabou sendo responsável por criar novos hábitos de consumo. “Muita venda de exames de covid-19, máscaras, álcool em gel e antitérmicos. Sobretudo em janeiro, quando tivemos a variante Ômicron, então as pessoas demandaram mais produtos o que impactou no faturamento, que já vinha crescendo há um longo tempo”, diz.
Setor de automóveis reage aos poucos
O setor que puxou o crescimento de 1,7% do varejo baiano em janeiro foi o de veículos, motos e peças, tendo uma alta anual de 56,9%. A Fecomércio-BA aponta que o faturamento do mês foi de R$ 9,45 bilhões, um acréscimo de R$ 160 milhões em comparação a 2021. Para Renata Gonzalez, gerente da Retirauto, o saldo de vendas no primeiro trimestre do ano foi positivo. Ela conta que a procura por carros seminovos aquecida pelo aumento do preço dos veículos se estabilizou e que os carros novos estão saindo mais da loja.
“Agora estamos vendendo os novos um pouquinho mais. Quando começa a ter a disponibilidade do novo, a procura dos seminovos diminui, apesar de ainda estar vendendo bem”, diz a gerente. Para o economista Guilherme Dieze, no entanto, a base de comparação do ano passado é fraca, uma vez que havia muitas restrições de atividades em janeiro de 2021. Ou seja, apesar da conjunção econômica para o setor ser melhor, ainda existem déficits a serem resolvidos. “Os prazos de entrega das montadoras estavam muito alongados, agora a situação começa a melhorar, mas não quer dizer que esteja resolvido”, diz.
O gerente de vendas da Guebor Toyota, Edson Moreno, afirma que os semicondutores utilizados na montagem dos carros vêm travando a linha de produção, pois estão em falta no mercado. Segundo ele, houve uma retração na venda de carros na loja entre fevereiro deste ano e do ano passado, chegando a 16%. Apesar disso, o gerente afirma que as expectativas são de uma no melhor do que 2021 nas vendas, podendo ter um aumento previsto de 9%. “Para atender a demanda, a Toyota abriu um terceiro turno. Muitos postos de trabalho foram criados e muitas pessoas contratadas para produzir os carros”, conta Edson. Os veículos da marca são produzidos em Sorocaba e Indaiatuba, no estado de São Paulo, além de virem carros da Argentina, Estados Unidos e Japão.
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