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RESPONSABILIDADE SOBRE TARIFA DE ÔNIBUS É DE REIS, DIZ MARTA

Redação - 04/04/2022 15:14 - Atualizado 04/04/2022

A vereadora Marta Rodrigues (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e de Defesa da Democracia da Câmara Municipal de Salvador, disse, nesta segunda-feira (4), que o prefeito Bruno Reis joga para a população e para o governo federal a responsabilidade do aumento da tarifa de ônibus para R$ 4,90, conforme anúncio feito na semana passada.

Segundo Marta, o gestor do Executivo Municipal se exime da crise no transporte público de Salvador e tenta confundir a população ao afirmar que custeará o aumento apenas até junho, caso o governo federal não dê o subsídio esperado para o transporte.

“O prefeito, mais uma vez, foge da crise no setor. A verdade é que ele já aumentou a tarifa, as concessionárias já tiveram o reajuste atendido. Ele tenta confundir a população e deixa todos reféns de um governo federal, que não fez nada pela capital nem pela Bahia, tampouco irá fazer”, dispara a vereadora.

Marta afirma que o prefeito anunciou um paliativo que soa como uma ameaça à população. “Se isenta, enquanto os passageiros continuarão sofrendo com um transporte precarizado, que continuará sendo um dos mais caros entre as capitais num momento de crise financeira. Como se não bastasse, toma medidas que prejudicam ainda mais os passageiros, com retirada do Domingo é Meia, mantém uma frota que não atende a demanda, deixando veículos superlotados, e a expiração de créditos do sistema Salvador Card, deixando que as pessoas percam o valor investido”, disse.

Dificuldades

De acordo com a vereadora, além das dificuldades que o transporte público vem enfrentado no país, a situação da capital é ainda pior diante da trágica escolha do modelo de concessão realizada e defendida pelo o ex-prefeito. “Um modelo que em 2014 foi contestado por todas as partes envolvidas na discussão. O resultado do péssimo serviço do transporte público em nossa cidade se dá em decorrência do falido modelo defendido pelo ex-prefeito”, aponta.

Marta Rodrigues diz, ainda, que as empresas ficaram isentas de pagar o Imposto Sobre Serviços (ISS), levando a Prefeitura a renunciar milhões em recursos públicos.

“As empresas já são muito beneficiadas, pois exploram o sistema sem pagar a outorga de concessão e estão isentas do ISS. A exploração do sistema por elas ocorre gratuitamente. Falam de prejuízos, mas nunca apresentaram, nem as empresas nem a Prefeitura, estudos que comprovem. Não há transparência alguma sobre os custos”, declarou Marta.

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