O portal Bahia Econômica divulgou na semana passada os resultados contábeis da rede varejista Le Biscuit, uma das maiores empresas em vendas na região Nordeste, que registrou em 2021 um faturamento de R$ 709 milhões, um aumento de 13% em relação a 2020. Mas também registrou um prejuízo de R$ 106,7 milhões. Em contato com o portal, a assessoria da Le Biscuit explicou que o prejuízo resultou dos enormes desafios nos últimos dois anos, com restrições ao comércio nas lojas físicas e a supressão de eventos sazonais importantes, que simplesmente deixaram de existir ou ocorreram de forma muito tímida (volta às aulas, carnaval, dia das mães, São João, etc.).
Mas, apesar disso, a Le Biscuit conseguiu se reinventar, e se posicionou entre os principais players do mercado digital, atingimos a marca aproximada dos três dígitos de milhão nas vendas digitais, e seguimos crescendo nossa participação nas vendas omnichannel (próximo de 50% em Dez.2021). E o cenário praticamente livre de restrições operacionais já no primeiro trimestre, com a restauração de eventos sazonais de grande representatividade de vendas indicam uma recuperação expressiva das vendas nas lojas físicas, que já estão 100% abertas. E a empresa adotou medidas importantes para o equilíbrio de custos e receitas, como:
Além disso, foi estabelecida uma parceria com o Banco BMG no segmento de produtos e serviços financeiros já partir de 1º de Abril de 2022. Tudo isso deve alavancar as e obter resultados positivos em 2022. A empresa informou também que o passivo circulante da empresa é de 468,5 milhões, ( e não R$ 670 como afirmou a matéria do portal), frente a um ativo circulante de R$ 512,5 milhões. Quanto ao endividamento propriamente dito, a empresa registra o montante de R$ 182,6 milhões em 2021.
Em relação a questão financeira a Le Biscuit afirma: “Do ponto de vista financeiro, além da recuperação prevista na geração de caixa, temos a oportunidade de executar ajustes importantes na posição de capital de giro, nos apropriando de um estoque já presente em nossa operação na virada do ano, com consequente adequação de volumes de compras futuras”.