Termina neste sábado (2) o prazo para que ministros, governadores, prefeitos e secretários de governo que desejam disputar novos cargos nas eleições de 2022 deixem as atuais funções. Pela legislação, eles precisam se afastar das funções a seis meses da eleição. O afastamento dos ocupantes de cargos públicos é uma forma de evitar abuso de poder econômico ou político nas eleições. Mas políticos que ocupam cadeiras no Legislativo, como deputados federais e estaduais, não precisam abrir mão do mandato para concorrer a um novo mandato.
Além da chamada “desincompatibilização”, o calendário eleitoral também estabelece que todos os eventuais candidatos devem estar filiados ao partido político pelo qual pretendem concorrer até este sábado.
Ministros
Até esta quinta-feira (31), dez ministros tinham deixado os postos:
Dos ministros que deixaram os cargos, somente um foi mantido no governo. Cotado para compor a chapa do presidente Jair Bolsonaro à reeleição como candidato a vice-presidente, o general Walter Braga Netto foi nomeado assessor especial do gabinete pessoal de Bolsonaro. Nesse cargo, Braga Netto não precisará cumprir o prazo de afastamento a seis meses da eleição. Segundo a legislação eleitoral, ele deverá deixar a função a três meses das eleições, até 2 de julho.
Governadores
Entre os governadores, quatro renunciaram ao mandato nesta quinta-feira (31) para disputar a eleição:
Dois governadores têm previsão de renunciar neste sábado (2):
Secretários do governo federal
O prazo para que secretários de governo que pretendam se candidatar nas eleições de 2022 também termina neste sábado (2).
Veja secretários e diretores exonerados que devem disputar as eleições;
Além deles, também deixou o governo Mayra Pinheiro, a chamada “Capitã Cloroquina”. Ela ocupava a Subsecretaria da Perícia Médica Federal da Secretaria de Previdência do Ministério do Trabalho e Previdência. Agora filiada ao PL, planeja se lançar candidata a deputada federal pelo Ceará.
O prazo também se estende a presidentes de entidades ligadas ao governo federal e de chefes de órgãos de assessoramento de informações da Presidência.
Sérgio Camargo, que deixou a presidência da Fundação Palmares, e Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foram exonerados na quinta.
Os dois estão filiados ao PL e devem concorrer a vagas na Câmara dos Deputados — Camargo por São Paulo e Ramagem pelo Rio de Janeiro.
Prefeitos de capitais
Três prefeitos de capitais deixaram as funções de olho nas eleições de outubro.
Foto: divulgação