A expectativa da indústria do chocolate, insumo tradicional das comemorações da Páscoa, e do mercado dos pescados, outro alimento típico da Semana Santa, é recuperar as vendas dos últimos dois anos de pandemia do coronavírus. Apesar da inflação em alta que, consequentemente, eleva os preços dos produtos, o setor de chocolate e cacau projeta um crescimento entre 5% a 20%, em comparação à data comemorativa do ano em que foi instalada a crise sanitária mundial.
A Bahia, que bateu recorde na colheita de cacau em 2021, consolidou a liderança na entrega de amêndoas para a indústria. Durante esse período desafiador, os hábitos foram moldados para que o consumo do produto não fosse deixado na prateleira. Assim, as vendas on-line ganharam fôlego. Para 2022, os empregos temporários no país deverão chegar a 9 mil.
Os lojistas se mostram otimistas com as vendas nesta Páscoa, a primeira com o comércio reaberto desde o início da pandemia, depois de dois anos com lojas fechadas ou entrada restrita. O esperado aumento do volume de comercialização deverá movimentar o mercado especialmente nos municípios do Sul baiano, com destaque para Ilhéus e Itabuna – grandes produtores de cacau e fabricantes de chocolate –, bem como cidades do oeste da Bahia, que têm se arriscado na área e obtido êxito, conforme os produtores locais.
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) destaca que, apesar das expectativas positivas, o ovo de Páscoa, por exemplo, está 15% mais caro, em média. Mas, apesar disso, as vendas da tradicional guloseima devem apresentar um crescimento considerável em relação ao ano passado de até 12%, o que reflete a recuperação da economia, na opinião da entidade nacional.
Para a realidade local, o presidente da Associação Bahiana de Supermercados (Abase), José Humberto Souza, confere um aumento de 5% no crescimento de vendas em relação ao ano anterior dos produtos ligados à Páscoa. “As vendas deverão superar as do período anterior à pandemia? Acreditamos que sim pois com o avanço da vacinação o movimento do comércio volta a ter os mesmos patamares do movimento anterior ao decreto da pandemia“.
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