Admirador da música da Bahia, o produtor e apresentador Maurício Machline há muito tempo mantém relação próxima com a cultura do estado. Não à toa, foi um artista baiano que marcou início da carreira de Machline como apresentador. “Comecei num programa de rádio e começou ali minha forte ligação com a Bahia. Meu primeiro entrevistado foi Dorival Caymmi. Daí pra frente, fui convidado para dirigir shows, montei um selo de gravação e, mais tarde, criei o Prêmio da Música Brasileira”, revela Maurício.
O produtor está passando uns dias em Salvador para gravar uma parte da nova temporada de seu programa, Por Acaso, veiculado no YouTube e no canal a cabo Arte 1. As gravações na Casa Rosa Salvador, no Rio Vermelho, começaram nesta segunda-feira (28), com Ivete Sangalo e Márcio Vitor. A partir desta terça-feira (29), receberá o público, com ingressos a R$ 150 (inteira) e R$ 75 (meia).
No programa, Machline tem um bate-papo informal com a dupla que se apresenta. A programação da semana é: terça-feira, Margareth Menezes e Felipe Escandurras; quarta-feira, Attooxxa e Hiran; quinta-feira, Nêssa e Afrobapho; sexta-feira, Larissa Luz e Lazzo Matumbi. Os programas serão veiculados em maio. Também haverá uma gravação de Daniela Mercury e Illy, para convidados.
“A ideia é sair do lugar-comum, promover encontros interessantes entre músicos com a mesma linguagem, entremeando a conversa com números musicais que fujam do repertório mais conhecido dos artistas”, diz Zé Maurício, que é também diretor da atração. De Salvador, o Por Acaso segue São Paulo, Pernambuco, Pará e Minas Gerais, onde vai seguir mapeando as novidades das cenas locais.
Mas Zé Maurício não esconde uma admiração especial pela música da Bahia: “Não é uma coisa significativa só pra mim, mas, de todos os perfis no Brasil, a Bahia talvez seja o mais criativo, exuberante e diferenciado da música brasileira. A música baiana vai muito além do axé, embora também seja axé. Mas aqui a gente encontra desde o samba do Recôncavo ao rap”.
O diretor diz que, tentou fugir do óbvio da música baiana quando selecionou os participantes locais. “Procurei abranger todos os ritmos. Claro que tem nomes consagrados como Ivete, Daniela e Lazzo, que, para mim, é o pai de todas elas. Ela têm uma importância vital até chegar uma nova geração com Hiram, Baco, Nêssa…”.
FONTE: CORREIO
FOTO: Raquel Carvalho/Reprodução