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PETROBRAS PERDEU R$ 1,75 BI/MÊS COM DEFASAGEM

Redação - 28/03/2022 10:00 - Atualizado 28/03/2022

A Petrobras teve uma perda de receita de, ao menos, R$ 18,7 bilhões nos últimos dois anos e de R$ 13,9 bilhões no acumulado de 12 meses até fevereiro de 2022. Isso, em função da demora da companhia em executar reajustes de preços para compensar a alta do petróleo e descontos nesses aumentos. Desde o começo deste ano, o ritmo das perdas dobrou. A média mensal no ano passado era R$ 875 milhões; passou para R$ 1,75 bilhão. Somente no primeiro bimestre, quando o barril do petróleo Brent – insumo para o refino da gasolina e do diesel – passou dos US$ 100, a defasagem acumulada dos preços foi de R$ 3,5 bilhões.

A estimativa foi feita pela Folha de S. Paulo com base em dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e pela Petrobras, seguindo a metodologia da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Para o cálculo da defasagem, a entidade considera a diferença entre o valor cobrado pela Petrobras das distribuidoras e o Preço de Paridade Internacional (PPI) – que reflete o custo internacional e é pago pelos importadores que atuam no país.

O levantamento só foi possível em seis estados (São Paulo, Paraná, Bahia, Pernambuco, Maranhão e Amazonas). Estimativas de mercado indicam que esses locais concentram 75% do consumo nacional. Ou seja, no conjunto do país, as perdas da Petrobras com a defasagem são maiores.

Segundo a ANP, as vendas da Petrobras no mercado local corresponderam a 81% do total até fevereiro – índice que varia mensalmente. Nos últimos dois anos, a defasagem entre os preços internacionais e os da Petrobras variou de 30% a 40%, dependendo do combustível, segundo o levantamento. Segundo os dados disponíveis, a petroleira sempre atrasou o repasse dos aumentos dos custos, além de reajustar os preços em um patamar inferior da cotação internacional.

Foto: Agência Brasil

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