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VEJA OS ALIMENTOS DA MESA BRASILEIRA QUE ESTÃO PESANDO NO BOLSO

Redação - 21/03/2022 19:30 - Atualizado 22/03/2022

por: Vitória Estrela

Os alimentos básicos da mesa do brasileiro estão pesando cada vez mais no bolso. A cenoura está sendo o destaque do momento. O preço da hortaliça teve um aumento de 55,41% , atingindo o seu valor mais alto em 14 anos, chamando a atenção dos consumidores após ser encontrado o seu quilo custando entre R$ 10 a R$ 14, nos primeiros meses do ano. A inflação da cenoura é consequência, principalmente, das chuvas intensas que afetaram as principais plantações do país, que estão em Minas Gerais, como em São Gotardo, cidade que abastece o mercado nacional.

O queridinho da refeição matinal, o café, bateu o maior índice em 25 anos ao final de 2021. A saca de 60 kg, que custava em torno de R$660 em janeiro, chegou a dezembro com o valor de R$1.480, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo. O cenário é resultado de uma combinação de fatores que passam pelas geadas intensas que atingiram lavouras de produção de café no inverno de 2021 e a seca intensa que acometeu o Brasil durante o ano.

Mesmo o Brasil sendo o maior produtor mundial de café e o segundo mercado consumidor do mundo, atrás apenas dos EUA, a alta nos preços no varejo em todo o país, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é de 42%. Nos supermercados, é muito difícil  o consumidor encontrar um pacote de café de 500g (sendo prensado ou não) a menos de R$ 13, isso não importando a marca. No início do ano, o consumidor encontrava pacotes por menos de R$ 10 e dependendo da marca, até por R$ 8 ou R$ 9.

Seguido do café, o seu complemento mais tradicional, o açúcar cristal, apresentou uma alta de 47,83% nas gôndolas de supermercados. No campo, o produto está subindo porque as usinas de cana-de-açúcar estão priorizando a exportação, por causa do dólar alto e preços elevados do alimento no mercado externo, e ao mesmo tempo, os produtores estão direcionando mais cana para produzir etanol, cujos preços dispararam nos últimos meses.

Os alimentos ainda vão continuar subindo de preço no primeiro semestre de 2022. Um alívio deve acontecer só no segundo semestre, caso forem confirmadas as expectativas de aumento da safra agrícola, de estabilização do dólar e de redução dos custos de energia elétrica à medida que as chuvas recomponham os reservatórios das hidrelétricas, permitindo menor utilização das térmicas.

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