Por: João Paulo Almeida
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu o ritmo de alta da Selic. Ainda assim, o juros subiu 1 ponto porcentual, de 10,75% para 11,75% ao ano, o maior nível desde abril de 2017 (12,25%), ou seja, em cinco anos. Nas últimas três reuniões, o BC havia elevado a taxa em 1,50 ponto porcentual.
Em entrevista ao portal Bahia Econômica, Beto Assad, analista de ações e consultor financeiro do Kinvo, explicou que a alta da Selic pode ser problemática para o mercado imobiliário brasileiro. Segundo Beto, o setor viveu momentos muito bons com a Selic em baixa e agora tende a passar por momentos delicados com a Selic em alta.
“As constantes altas da taxa Selic são uma pedra no sapato para o mercado mobiliário. Se 2021 foi um ano de recuperação depois do auge da pandemia, principalmente quando a Selic estava em sua mínima histórica, esse ano promete ser mais difícil para o setor, principalmente se a taxa continuar sua jornada de alta e a inflação teimar em não retroceder. O financiamento imobiliário depende diretamente da Selic. Portanto, quanto mais alta a taxa, menor tende a ser a rentabilidade do setor”, disse.
O especialista também afirma que a Selic pode levar o dólar para abaixo dos R$ 4 reais e interferir em renda fixa, renda variável e outros cenários econômicos. (Veja aqui a entrevista completa).
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