Uma sigla de três letras não sai da cabeça dos torcedores nos últimos tempos: SAF. É a tal da Sociedade Anônima do Futebol criada pela Lei 14.193/2021, promulgada em agosto do ano passado.
A lei criou novas regras para os clubes se tornarem empresa e oferecer segurança jurídica para atrair investidores que, ao se tornarem sócios majoritários, passam a comandar o departamento de futebol.
Botafogo e Cruzeiro venderam 90% da SAF por R$ 400 milhões e foram os primeiros clubes brasileiros a se tornarem empresa sob o novo modelo. O Vasco também aguarda aprovação interna para se transformar em SAF e vender 70% de suas ações em troca do investimento de R$ 700 milhões no período de quatro anos.
O assunto também ocupa as rodas de conversa dos torcedores do Bahia. O presidente Guilherme Bellintani confirmou que dois grupos já procuraram o tricolor, mas não confirmou os nomes. Para fechar a parceria, porém, o clube vai precisar se transformar no novo modelo.
O torcedor vai decidir se quer esse destino ou não para a instituição. O conselho deliberativo e a assembleia geral de sócios precisam aprovar a mudança.
A negociação entre o City Group e o Bahia cria uma sinergia em termos de promoção e marketing com a Acelen, empresa criada pelo fundo Mubadala para operar a refinaria. “Os árabes usam muito o chamado ‘sportwashing’, que é o investimento em clubes populares para construção/melhora da imagem”, explica a fonte ouvida pela reportagem, em anonimato.
A Acelen já enfrenta resistências na Bahia por causa dos cinco aumentos no preço dos combustíveis nos primeiros 60 dias do ano.
O City Group tem participação em outros 15 clubes espalhados pelo mundo. Dois deles estão na América do Sul: o Montevideo City Torque, do Uruguai, e o Clube Bolívar, da Bolívia.
Foto: reprodução/metro