Por Thiago Conceição
Em entrevista ao Bahia Econômica, Adary Oliveira, especialista em administração industrial, afirma que o anúncio de financiamento no valor de R$ 536 milhões para obras no Porto de Aratu vai contribuir para a atração de novos investimentos para o estado. Em sua vinda à Bahia nesta quarta-feira, 16, o presidente Jair Bolsonaro acompanhou a assinatura do contrato de financiamento com a empresa CS Infra, que vai investir na obra R$ 154,2 milhões (veja aqui).
O projeto representa um investimento de R$ 689,8 milhões, para a construção de duas áreas com infraestrutura para movimentação e armazenagem de cargas e vai aumentar a capacidade de movimentação do porto de 2,5 milhões/ano para 13,5 milhões de toneladas/ano.
“Todo investimento é bem-vindo. O Porto de Aratu está congestionado, principalmente no terminal de granéis líquidos. Quando um navio tem o atraso no atracamento, é cobrada uma multa que ao dono casa, a chamada desmurrage. Ou seja, é necessário melhorar a infraestrutura do Porto para atrair empresas. Frutas da região de Juazeiro são exportadas em porto de Fortaleza, grãos do Sul da Bahia em porto no Paraná. É preciso investir para trazer essas operações para o estado”, explica Oliveira.
No Porto de Aratu, as multas por atraso variam em torno de US$ 30 mil, ao dia, segundo dados da ompilados pela Associação dos Usuários de Portos da Bahia (Usuport). Adary Oliveira revela que uma empresa do Polo de Camaçari já chegou a perder US$ 50 milhões com atrasos, ao longo de um ano.
A solução de problemas logísticos ainda deve gerar um Porto de Aratu mais competitivo no cenário nacional, destaca Oliveira. “O investimento anunciado hoje gera um Porto de Aratu mais competitivo, realidade importante para um país que exporta mais de 90% por via marítima”, acrescenta.
Foto: Reprodução
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