Os desafios do público feminino diante do mercado ainda são marcantes, e, apesar de representarem a maioria da população brasileira, as mulheres ocupam apenas 37,5% dos cargos gerenciais nas empresas do país, segundo o último levantamento do IBGE. “Diversos estudos mostram que a maior trava para a mulher alcançar cargos de liderança é a maternidade. Outro ainda é o preconceito, pois a depender da função, ainda é muito real em algumas companhias a crença de que determinadas atividades são destinadas ao sexo masculino, onde as mulheres nem sequer são consideradas a participarem do processo seletivo” conta Bárbara Coelho, Headhunter e Associada da Audens Group, holding nordestina especializada em capital humano, com destaque para recrutamento e seleção de profissionais. Para a especialista, esse quadro pode e deve mudar: “ As empresas podem promover estratégias para aumentar esta diversidade nos cargos de Gerência através da definição de metas para promover e contratar mulheres, com critérios claros; e o preparo de candidatas mulheres para cargos de gerência”.
Inclusive, em muitos setores essa realidade já começa a mudar: “São inúmeras as posições que estão contratando mais mulheres, e algumas vezes preferindo este sexo para a função. Alguns deles são as áreas de RH, experiência do consumidor, sustentabilidade, Arquitetura e Urbanismo, Pedagogia, Psicologia e Advocacia” conta Bárbara Coelho. O Brasil ocupa o 124º de 142 países analisados na escala de equidade salarial, como essa questão pode ser revertida? Segundo a Associada: “É importante que a mulher se valorize no momento que participa de qualquer processo seletivo. Em comparação com os homens, vejo que a maioria das mulheres são mais conservadoras ao passar uma pretensão salarial para uma nova oportunidade, muitas vezes aceitando uma movimentação salarial horizontal, em vez de se valorizarem e solicitarem aumento salarial para a movimentação” finaliza.
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