A Guerra na Ucrânia causou inúmeros impactos para a economia. Neste cenário, o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Ricardo Alban, afirma que o Brasil deve seguir com o posicionamento atual, sem ficar em posição mais favorável para a Rússia ou a Ucrânia.
“Nós ainda somos um país em desenvolvimento. A China não está tomando posições tão claras e é a segunda maior economia do mundo. Porque que nós temos que ser inovadores nesse ponto agora e não ser prudentes?”, disse em entrevista ao A Tarde nesta quinta-feira, 3.
Para Alban, fica a lição de que o país repense o mercado e se torne menos dependente de importações, a exemplo de fertilizantes, trigo e milho, especialmente para uso no agronegócio. “Precisamos entender que encadeamento produtivo é importante. Não significa ser bom em tudo, mas significa que você precisa comunicar suas rotas estratégicas e garantir o encadeamento produtivo”, acrescenta.
Uma parte considerável do trigo e do milho importado pelo Brasil vem da Rússia e da Ucrânia, o que pode, segundo análise do presidente da Fieb, desencadear em um aumento de preços em outros itens que venham de outras regiões do globo que não estão em guerra, mas que estejam de alguma maneira associados com estas commodities. “Esses produtos [trigo e milho] são usados em ração animal. Você vai ter outros produtos agrícolas que são usados em ração animal que vão acompanhar as demandas”, concluiu.
Foto/Fonte: Divulgação/ A Tarde