O euro bateu a maior baixa de 21 meses, nesta quinta-feira, por preocupações de que a invasão da Ucrânia pela Rússia prejudique o crescimento europeu. Enquanto isso, as moedas de commodities atingiram altas de várias semanas, com a elevação dos preços de exportação. O euro ficou em US$ 1,1097 na sessão da Ásia, apenas um pouco acima de sua mínima de US$ 1,1058 durante a noite, a menor desde maio de 2020.
A moeda caiu 1,5% na semana até agora e está caminhando para uma quarta perda semanal consecutiva em relação ao dólar americano. O dólar australiano estava se mantendo firme em US$ 0,7300, logo abaixo da alta de sete semanas de quarta-feira, de US$ 0,7306, com os preços das exportações australianas, como carvão, gás e grãos, subindo em sinais de que as sanções contra a Rússia estão prejudicando severamente a oferta global.
O euro agora caiu nove sessões consecutivas para uma baixa de quatro anos, de A$ 1,5218 em relação ao dólar australiano. “Na crise atual, vemos o status do euro como vulnerável”, disse a estrategista sênior de câmbio Jane Foley, do Rabobank, que está revisando sua meta de US$ 1,11 no lado negativo.
“No nível corporativo, há uma rede de relacionamentos complexos entre a União Europeia e as empresas russas, particularmente no setor de energia”, lembrou Foley. “Os preços da energia subiram, assim como os de muitos produtos agrícolas. A guerra na Ucrânia, portanto, sugere uma inflação mais longa e o potencial de crescimento econômico mais lento”.
Estagflação
A inflação na zona do euro atingiu um recorde de 5,8% no mês passado, superando as expectativas e provocando alertas de autoridades sobre estagflação (aumento da taxa de desemprego combinado com a contínua alta de preços). A libra esterlina foi puxada para baixo com o euro, desde a invasão da Rússia, embora tenha conseguido um salto da baixa de quarta-feira de US$ 1,3275 para ser negociada a US$ 1,341 na Ásia.
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