O senador Jaques Wagner informou ao Partido dos Trabalhadores (PT), nesta segunda-feira (28), que não vai concorrer ao governo em 2022. A decisão foi anunciada durante uma reunião do partido para discutir a tática eleitoral deste ano. Encontro teve a presença de deputados estaduais e federais, prefeitos, vereadores e dirigentes. A partir de agora, o diretório estadual passará a debater a nova estratégia eleitoral. “A retirada da minha candidatura não implica na retirada da candidatura do PT. Quem decidirá se terá candidatura ou não, não sou eu, será o Partido”, afirmou Wagner, que falou sobre a importância da união dos partidos na Bahia para as eleições deste ano.
No mesmo momento, lideranças do PT iniciaram uma ofensiva em massa para convencer o senador Jaques Wagner a retomar a candidatura ao governo do estado, diante do desarranjo causado no tabuleiro eleitoral da base aliada com a desistência do petista. A pressão sobre Wagner ganha corpo em meio às dificuldades do Palácio de Ondina em encontrar um substituto competitivo, já que o preferido para a vaga, o senador Otto Alencar (PSD), ainda demonstra forte resistência em assumir a linha de frente do palanque. Reservadamente, parlamentares e dirigentes petistas avaliam que será bastante improvável reverter a recusa de Otto em tempo hábil.
“A saída de Wagner criou uma lacuna que não sabemos como cobrir, mas nosso horizonte é curto e fica cada vez menor. Otto deixou bem claro que não quer abandonar a candidatura à reeleição no Senado. Não há como construir um nome do nada agora. A melhor solução é pôr Wagner de volta no páreo, e faremos tudo para isso”, resume um influente cardeal do PT em entrevista a coluna. (Correio)
Foto: divulgação