O transporte público coletivo do Brasil é muito caro e pesa demais no bolso do passageiro. O Brasil está chegando, em 2022, a ocupar o segundo lugar no ranking de transporte público mais caro da América do Sul e pular, em dois anos, da 56ª posição para a 36ª posição entre os países que têm os ônibus e metrôs mais caros do mundo.
Os dados são de um levantamento realizado pelo terceiro ano consecutivo pela empresa CupoNation, uma plataforma multinacional de descontos online, criada em 2012 e sediada na Alemanha, comparou o valor médio do transporte ao redor do mundo.
Mesmo com a perda – acredita-se que definitiva – de até 20% da demanda de passageiros de antes da pandemia de covid-19, quem depende dos sistemas está gastando, em média, R$ 214 mensalmente apenas para ir e vir. Para quem ganha um salário mínimo, por exemplo, esse valor representa 17,66% da renda – aponta o levantamento, tendo como base o salário mínimo de R$ 1.212/IBGE.
Esse cenário fez com que o Brasil subisse 19 posições no ranking dos mais caros em dois anos – um aumento significativo. O Brasil só perde para o Chile, que desde o primeiro estudo – em 2019 – lidera entre os países da América do Sul.
E também teve uma classificação pior em 2022. Ficou em 26º lugar este ano e em 41º lugar em 2020. O transporte público do Brasil é mais caro que todos os outros sul-americanos: Uruguai, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Peru, Equador, e Argentina cobram menos.