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UNIÃO PODE SUSPENDER ATIVIDADES DA BAHIA MARINA

Redação - 25/02/2022 08:37 - Atualizado 25/02/2022

Considerada uma das melhores marinas do Brasil e presente por mais de vinte anos na paisagem do bairro do Comércio, a Bahia Marina está no alvo das incursões da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), que sinalizou para um possível embargo das atividades do complexo náutico da capital baiana. Na visão da SPU, pasta vinculada ao Ministério da Economia, o uso privado do local iria de encontro ao acesso da população à faixa de areia, “desvirtuando o conceito de Marina pública, com livre circulação”.

A Bahia Marina ainda não recebeu nenhuma notificação de irregularidades, de modo que as operações funcionam normalmente.Com uma bacia de atracação de 176 mil m², o complexo náutico podeabrigar 300 embarcações em píeres flutuantes e mais 150 em pátio seco; além das atividades marinhas, funcionam ali lojas e restaurantes. Caso as atividades da Bahia Marina sejam embargadas pela União, a deficiência de vagas para barcos e lanchas pode ficar ainda maior, prejudicando a melhoria no desempenho do mercado de turismo e lazer náutico em Salvador.

De acordo com a Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), a cidade já tem carência de pelo menos três mil vagas para barcos; a pasta veio se movimentando para garantir que as operações das marinas transcorram de forma adequada, observando questões como licença ambiental, regularização fundiária e segurança náutica. A administração da Bahia Marina chegou a agendar reuniões com a própria SPU, a fim de resolver questões que possam interferir no crescimento da área náutica em Salvador.

Procurada pela reportagem, o órgão da União não foi encontrado para confirmar a possibilidade de embargo ou desocupação da Bahia Marina. A preocupação para quem vive do turismo náutico vem num momento em que a BR Marinas, que administra a Marina da Glória no Rio de Janeiro, levou uma multa de R$ 19,4 milhões e recebeu uma ordem de desocupação da SPU na terça-feira (22). Em ofício, o Governo Federal argumentou que era “irregular a construção e ocupação em terras e espelhos d’água, áreas de uso comum do povo pertencentes à União, sem autorização”.

Foto: divulgação

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