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INDÚSTRIA: PARALISAÇÕES DA RECEITA IMPACTARAM 96% DAS EMPRESAS

Redação - 25/02/2022 13:15

As paralisações dos auditores fiscais da Receita Federal iniciadas no final de 2021 afetaram quase a totalidade (96%) de 186 empresas consultadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os problemas mais recorrentes são relativos ao desembaraço (liberação aduaneira) de mercadorias, inspeções e documentação. De acordo com a entidade, alguns operadores do comércio exterior também sofreram com atraso na entrega de exportações, interrupção da produção e cancelamento de contratos.

A mobilização desta categoria está ligada a um movimento de outros servidores federais insatisfeitos com a previsão orçamentária de reajuste este ano apenas para categorias da área de segurança. Possuidores de cargo de confiança também estão entregando os cargos. Somente na Bahia,  pelo 15 auditores da Receita abdicaram de funções de chefia. A pesquisa da CNI foi feita entre 17 a 24 de janeiro e entre 31 de janeiro a 4 de fevereiro. Das empresas consultadas, 36% exercem tanto atividades de exportação quanto de importação.

Segundo a entidade, entre as exportadoras afetadas pela paralisação, o problema mais recorrente citado é lentidão no desembaraço das mercadorias (70,3%), seguido por demora nas inspeções das cargas (37,8%) e custos adicionais de armazenagem de cargas em função dos atrasos nas alfândegas (34,2%). Quanto às importadoras impactadas pela greve, a lentidão no desembaraço das mercadorias também é o principal problema (65,1%), seguido por custos adicionais de armazenagem de cargas (41,9%) e demora na inspeção das cargas (31%). Nessa categoria, 7,8% tiveram de interromper a produção e 4,7% sofreram cancelamento de contratos.

Foto: Divulgação / Receita Federal

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