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EMPRESAS BAIANAS INVESTEM EM TECNOLOGIAS PARA AMPLIAR A PRODUÇÃO MINERAL

Redação - 25/02/2022 11:00

Sim, o mundo vive uma nova era digital! Inteligência artificial, processos automatizados, dispositivos inteligentes, realidades virtuais, estão se tornando cada vez mais comuns em nosso dia a dia. E, a mineração também está acompanhando essa nova era tanto com o intuito de ampliar a produtividade tornando a sua produção mais ágil, precisa e eficiente como também para proteger o meio ambiente, por diminuir os impactos ambientais e reduzir a utilização de insumos naturais.

Em artigo publicado no Valor Econômico, o correspondente do Financial Times, Patrick McGee, que cobre a área de tecnologia, ressalta que a mineração terá que enfrentar a sua revolução tecnológica, principalmente devido a crescente busca por minerais que são importantes para a produção de baterias e de energia limpa, como por exemplo o níquel, o cobre e o lítio, que a cada ano ganham mais destaque na mineração baiana.

“A Kobold, localizada no Vale do Silício, estima que mais de US$ 10 trilhões em lítio, cobalto, níquel e cobre precisam ser minerados para atender a demanda futura por veículos elétricos – um número que fará com que cada vez mais companhias mineradoras tradicionais recorram à inteligência artificial (IA) para ajudá-las nesse desafio”, detalha McGee no artigo.

Para melhorar a produtividade e a produção, as empresas baianas estão investindo em inovações tecnológicas não apenas para o aumento da produção como também para garantir o bem estar dos trabalhadores e das comunidades, onde estão inseridos. Um dos exemplos é o da Mineração Caraíba. A empresa, sediada no município de Jaguarari, norte da Bahia e com atuação também em Juazeiro e Curaçá, é uma das maiores produtoras de cobre do Brasil e garante ao estado o terceiro lugar na produção do minério.

Para garantir uma melhor gestão de dados, de produção, de operação, de desempenho da frota de equipamentos e controle de manutenções, a empresa implantou o sistema Mining Control, software de controle operacional e de gerenciamento de equipamentos. Conforme relatado na revista especializada In The Mine, o engenheiro júnior da Caraíba, Felipe Mateus Leite Duarte detalha que os principais benefícios da implantação do sistema foram: A maior precisão das perdas e ciclos operacionais, gerando KPI’s mais confiáveis com os apontamentos realizados em tempo real e não após o término do evento; a cronologia do tempo; a gestão das atividades improdutivas e produtivas dentro da manutenção dos equipamentos; e a agilidade na tomada de decisão, devido à rapidez de informações. Além disso, foi constatada uma maior confiabilidade dos dados de diagnósticos de falhas e o perfil de perdas por frota, mapeando os sistemas, itens, modos e causas de falha.

Para o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, a inserção da tecnologia na mineração é cada vez mais indispensável e também inevitável. “O mundo mudou e a mineração deve acompanhar essa evolução para tornar os processos mais dinâmicos e eficazes. Aqui na CBPM, por exemplo, estamos nesse caminho. Desde o fim do ano passado estamos em contato com uma equipe de professores da UFBA que irão implementar um sistema para otimizar o gerenciamento das nossas atividades. Isso facilitará bastante a nossa gestão de dados, garantindo informações mais claras, não apenas para o presente como também para as gerações futuras”, destaca Tramm. (Correio)

(Foto: Yamana Gold/Divulgação)

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