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BOLSAS DESABAM APÓS RÚSSIA INVADIR UCRÂNIA; PETRÓLEO PASSA DE US$ 100 E ATINGE MAIOR VALOR DESDE 2014

Redação - 24/02/2022 06:54 - Atualizado 24/02/2022

A invasão da Ucrânia pela Rússia derrubou as bolsas da Ásia e da Europa nesta quinta-feira (24) e fez o preço do petróleo passar de US$ 100 pela primeira vez desde 2014. Outros ativos considerados refúgios seguros, como o ouro, o dólar e o iene japonês, se valorizaram num momento de tensão elevada nos mercados. Inflação, combustíveis, bolsa: entenda os impactos da crise na Ucrânia para a economia brasileira

Por volta das 5h, a bolsa da Alemanha – a maior economia da Europa e muito dependente de insumos energéticos russos – caía 3,7%, para o menor patamar desde março de 2021. Frankfurt perdia 3,73%, seguido de Paris (3,15%), Milão (3,10%), Madri (em torno de 3%) e Londres (2,45%).

A Bolsa de Valores de Moscou chegou a suspender a operações e o o rublo caiu 7% em relação ao dólar e atingiu seu mínimo histórico, antes da intervenção do Banco Central russo. Por volta das 3h, as Bolsas de Hong Kong, Sidney, Mumbai e Seul operavam em queda de mais de 3%, e as de Tóquio, Singapura, Taipé e Wellington, mais de 2%.

Na madrugada desta quinta, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o início de uma “operação militar” na Ucrânia. Kiev diz se tratar de uma “invasão de grande alcance”. “Neste momento, é impossível apostar em qualquer cenário”, diz Ipek Ozkardeskaya, analista da empresa de investimentos SwissQuote, para quem este “é o pânico nos mercados”.

Petróleo

O preço de petróleo barril do tipo Brent, a referência do mercado, chegou a atingir US$ 103,78 , o maior valor desde agosto de 2014 e uma alta de cerca de 6% em relação ao fechamento anterior. Desde o início do ano, o petróleo subiu mais de US$ 20 por conta do temor de que a Europa e os Estados Unidos impusessem sanções no setor energético da Rússia e afetasse o suprimento global de energia.

Nas últimas semanas, a ameaça de uma guerra despertou temores sobre o abastecimento de produtos básicos chave, como petróleo, trigo e metais, em meio a uma demanda crescente na reabertura das economias, após os fechamentos provocados pela pandemia da covid-19. Embora não tenha havido ainda imposição de sanções sobre esse setor, países ocidentais e o Japão impuseram novas sanções contra a Rússia na terça-feira (24) e prometeram ampliá-las caso Moscou invadisse a Ucrânia, o que acabou ocorrendo.

“O suprimento de petróleo da Rússia vai desaparecer do dia para a noite se sofrer sanções, e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não consegue produzir de forma rápida o suficiente para compensar”, diz o economista Howie Lee, da OCBC.(G1)

Foto: divulgação

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