domingo, 28 de abril de 2024
Euro 5.5474 Dólar 5.1673

PROUNI OFERECE 17,1 MIL VAGAS NA BAHIA

Redação - 23/02/2022 06:56 - Atualizado 23/02/2022

Quem fez as edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2021 ou em 2020 e está em busca de uma vaga no ensino superior, mas não tem condições de arcar com a mensalidade de uma faculdade particular, pode encontrar uma oportunidade nos próximos dias. A Bahia é quinto estado com maior número de vagas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), são 17.179 disponibilizadas em instituições privadas. As inscrições estão abertas desde terça-feira (22) no site e ficam disponíveis até sexta-feira (25). A primeira chamada será feita no dia 2 de março.

Com o programa, é possível conseguir dois tipos de bolsas em faculdades particulares. O candidato pode obter a bolsa integral caso comprove renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário-mínimo (R$ 1.818). Para a bolsa parcial, de 50% do valor da mensalidade, a renda mensal por pessoa deve ser de até três mínimos (R$ 3.636). Além disso, o candidato precisa se encaixar em uma dessas cinco categorias: ter cursado o ensino médio completo em escola pública; ter cursado o ensino médio completo em escola privada com bolsa integral; ter cursado parcialmente o ensino médio em escola da rede pública e parcialmente em particular, como bolsista integral; ser PCD (pessoa com deficiência; ou ser professor da rede pública de ensino no exercício da profissão. É preciso ter tirado ao menos 450 no Enem e não ter zerado a redação.

Neste ano, a oferta de bolsas bateu recorde e são mais de 273 mil para todo o Brasil. Em Salvador, estão sendo ofertadas vagas em 158 cursos, um aumento de 20% em comparação com o segundo semestre do ano passado – quando foram 125. Dentre as graduações disponíveis estão cursos mais procurados e concorridos. Medicina, por exemplo, é ofertada em três faculdades diferentes (UnidomPedro, Uniftc e Unifacs) e possui 12 vagas para ampla concorrência e 36 para cotistas, todas de bolsas integrais. Com o Prouni, o estudante deixa de pagar mensalidades que custam entre R$ 10.110 e R$ 11.611.

Para o curso de Direito, 12 universidades ofertam 139 vagas, entre bolsas parciais e integrais. As mensalidades para este curso são entre R$ 820 e R$ 2.690. Outras graduações disponíveis são Administração, com 185 bolsas integrais e 45 parciais; Arquitetura e Urbanismo, com 11 bolsas integrais e 15 parciais; Engenharia Elétrica, com 30 bolsas integrais e 11 parciais; e Pedagogia, com 135 bolsas integrais e 18 parciais.

Arthur Gabriel Oliveira tem 18 anos e mora em Teixeira de Freitas, no sul do estado. O jovem concluiu o ensino médio no ano passado no Colégio Estadual da Polícia Militar Anísio Teixeira, por isso, se enquadra nos critérios do Prouni. Ele conta que pretende cursar alguma engenharia e está em dúvida entre aeronáutica, ambiental ou mecânica. “No caso das áreas ambiental e florestal, são bastante proeminentes na minha região, devido a empresas como a Suzano”, ressalta.

Ansioso para conseguir uma vaga em universidade federal, através do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou em instituição privada, pelo Prouni, ele diz que, por questões financeiras, pretende ficar na sua cidade de origem, mas isso pode mudar a depender das portas que vão se abrir com os programas nos próximos dias. “Muitas áreas me possibilitam trabalhar e estudar, porém a prioridade é que o curso seja feito aqui onde moro, pela estabilidade financeira menos incerta. O Prouni pode ser decisivo para que eu possa começar a cursar um curso superior ainda este ano”, afirma Arthur.

Já o estudante Gabriel Ribeiro, morador de Riachão do Jacuípe, no nordeste da Bahia, não foi aprovado pelo Sisu na chamada regular no curso de Direito, sua primeira opção de curso. Com 21 anos, o jovem acredita que o Prouni pode trazer novas oportunidades para que ele mude de cidade.  “Sempre fui estudante de escola pública e meus pais são lavradores, então consigo me encaixar no perfil de até 100% de bolsa. Estou em busca de uma vida mais tranquila e estável, para mim e para meus pais”, diz Gabriel.  Ele, que já sofreu com transtorno de ansiedade em outros momentos da vida e fez o primeiro Enem em 2017, conta que tem conseguido driblar a tensão pré-resultado: “Tem me deixado bastante ansioso, mas esse ano estou mais calmo do que nos anteriores”. (Correio)

Foto: divulgação

Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.