Uma construtora pernambucana tornou-se líder do mercado imobiliário baiano, superando as construtoras locais. Trata-se da Trata-se da Moura Dubeux, que aportou na Bahia há cerca de dez anos, e neste momento está com mais de 10 lançamentos em Salvador, alguns entre os mais altos da cidade. Entre eles destacam-se três prédios de 21 andares em frente ao mar de Ondina, e duas torres de 21 andares em Jaguaribe, Piatan. Além deles, destacam-se dois empreendimentos no Horto Florestal, um deles uma torre de 47 andares, mais duas torres de 37 andares no Caminho das Árvores e duas outras de 24 andares no Parque Bela Vista.
A obra em Ondina surpreendeu, pois o gabarito da orla em frente ao mar não permite prédios de 21 andares. Mas a Moura Dubeux encontrou brechas na legislação, que permitiam o uso do gabarito (altura) mais permissivo para projetos que visassem a requalificação da borda atlântica e também a outorga onerosa.
Como a obra está no terreno do antigo Salvador Praia Hotel, que estaria degradado, usou-se o primeiro instrumento e a Moura Dubeux pagou aos cofres municipais R$ 7,8 milhões e mais R$ 1,2 milhões de outorga onerosa, quando o proprietário paga a mais para construir acima do permitido em determinada área. O fato é que o Valor Geral de Vendas da empresa em 2021 superou de longe as concorrentes baianas.
Mas a maneira agressiva de atuar tem gerado polêmica. O Instituto de Arquitetos do Brasil, departamento da Bahia (IAB-BA), fez uma notícia de fato para o Ministério Público da Bahia por causa da altura dos prédios em Ondina .Já a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA) entrou com denúncia afirmando que a construtora não apresentou Registro de Incorporação (RI) nas obras.