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RUSSOS LIDERAM CRIMES COM CRIPTOMOEDAS, APONTA CHAINALYSIS

Redação - 16/02/2022 07:32

A Chainalysis também afirma que possui grande certeza de que 36,4% dos ataques tenham ligação com a Rússia devido a características destes ransonwares, bem como por conta do idioma utilizado em anúncios. O último relatório da Chainalysis, empresa que monitora transações de criptomoedas, afirmou que grande parte de crimes cibernéticos possuem alguma relação com criminosos russos.

Como destaque, a empresa aponta que 73% da receita de ransonwares — um tipo de vírus que sequestra o computador da vítima — possuem alguma ligação com entidades da Rússia. Indo além, a Chainalysis também nota que o valor recebido por prestadores de serviços financeiros em Moscou registrou um recebimento de 1,2 bilhão de dólares (R$ 6,22 bi) apenas no segundo semestre de 2021 e que parte dele está diretamente ligado a atividades criminosas.

Explicando sua técnica, a Chainalysis nota que hoje a Rússia possui alguns dos hackers mais habilidosos do mundo. A partir disso, faz menção a Evil Corp, grupo de cibercriminosos baseado na Rússia, responsável por cerca de 10% dos ataques com ransonware no mundo. Também cita a Comunidade de Estados Independentes (CIS), formada por países que pertenciam à União Soviética e falam russo. Estes são responsáveis por 26,4% dos ransonwares.

Por fim, a Chainalysis também afirma que possui grande certeza de que 36,4% dos ataques tenham ligação com a Rússia devido a características destes ransonwares, bem como por conta do idioma utilizado em anúncios. Desta forma, a empresa de segurança afirma que cerca de 73% dos ataques de ransonware tem alguma ligação com russos. Marcando apenas 27,4% deles como “não tendo indicação de ligação com a Rússia.”

Em relação à lavagem de dinheiro, cujos ransonwares representam apenas 5,5% do total, a Chainalysis aponta que serviços financeiros localizados na cidade de Moscou são um ponto em comum entre criminosos. Em números, a empresa aponta que 1,2 bilhão de dólares (R$ 6,6 bi) foram enviados a tais serviços financeiros apenas no segundo trimestre do último ano.

Entretanto, a Chainalysis afirma que apenas 700 milhões de dólares (R$ 3,6 bi), em todo período mostrado, estão ligados a endereços usados por atividades ilegais. A maior parcela dos crimes é composta por golpes, que podem ser diversos, seguido por transações de mercados da darknet, com percentual semelhante.

Finalizando, uma menor parcela, de cerca de 11%, está ligada a outros crimes como ransonwares, citados acima, fraude em compras e outros. Por fim, podemos citar que a Rússia está progredindo na regulamentação das criptomoedas. Portanto, pode ser que tal atitude force tais empresas a trabalharem com políticas mais pesadas, dificultando a vida dos criminosos do país.

Foto: divulgação

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