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IDOSA EM ISRAEL FICA MILIONÁRIA COM BITCOIN, MAS BANCOS NÃO ACEITAM

Redação - 11/02/2022 11:00

Um banco de Israel está sendo processado por uma idosa de 69 anos, por não aceitar o depósito dos rendimentos em Bitcoin que ela teve. Investidora há 8 anos, a idosa comprou US$ 3 mil em Bitcoin em uma época que poucos conheciam a moeda. O que chama atenção para o curioso caso é que em meados de 2013-2014 poucas pessoas ainda conheciam a moeda digital. Na ocasião, ela conheceu o Bitcoin por intermédio de familiares que a aconselharam a comprar 10 mil NIS da moeda. Os responsáveis por lhe apresentar foram um de seus filhos e alguns sobrinhos, que ajudaram a aposentada a multiplicar seu patrimônio.

Na conversão para Real, os 10 mil em Novo shekel israelense (NIS) equivalem hoje a R$ 16 mil. E essa é a quantia que a idosa Esther Freeman, aposentada, comprou em Bitcoin na época. Agora ela busca converter o valor que um dia já foi 10 mil NIS para a moeda fiduciária novamente. Contudo, seu investimento rentabilizou milhares de vezes e assim Esther detém agora quase 1 milhão de NIS, o equivalente a R$ 1,6 milhão hoje. Essa alta quantia de lucro obtida por uma idosa agora com 69 anos mostra que o Bitcoin se valorizou bastante nos últimos anos e deixou muitas pessoas mais confortáveis, com a reserva de valor descentralizada.

Moradora de Tel Aviv, cidade famosa de Israel, ela então resolveu em julho de 2021 trocar suas posses para a moeda fiduciária local, que perdeu valor até contra o Real brasileiro nos últimos anos. Mesmo assim, ao buscar concretizar a conversão, seu banco fechou as portas e disse que lá o dinheiro dela não entra. A idosa então não se viu em outra situação a não ser processar o banco para ele aceitar o valor. Banco enviou carta para idosa investidora de Bitcoin afirmando que não poderia receber os rendimentos por riscos de lavagem de dinheiro

Em todo o mundo, os bancos ainda não se mostram favoráveis ao Bitcoin, se impondo muitas vezes a criar condições que dificultem a sua relação com clientes que compram a moeda digital. No caso de Esther, ela recebeu uma carta informando que seu rendimento em Bitcoin não poderia ser aceito no banco devido ao risco de a tecnologia ser utilizada em casos de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. A instituição em questão é o Banco Hapoalim, onde a idosa e todos os seus filhos mantém conta e um relacionamento de vários anos. Ou seja, eles sabem bem como é a conduta financeira dela e de sua família, nunca sendo imputada a mesma nenhuma conduta criminosa.

De acordo com o portal israelense Ynet, o banco alegou que como não tem condições de seguir o dinheiro das criptomoedas, não é capaz de garantir a segurança dos recursos. Além disso, essa é uma postura respaldada pelo Banco Central de Israel em casos suspeitos, declarando que sua decisão deve ser respeitada. O procurador que analisou o caso lamentou a postura do banco de travar uma guerra com uma antiga cliente, na qual todo o relacionamento financeiro foi construído junto à instituição. Vale o destaque que ela segue determinada a converter suas posses, mesmo com o claro sinal de que o Bitcoin mudou sua vida e voltar ao NIS é uma tarefa árdua.

Foto: divulgação

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