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SETOR DE SERVIÇOS AVANÇA 10,9% EM 2021 E SUPERA PERDAS DE 2020

Redação - 10/02/2022 09:50

O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 1,4% em dezembro, na comparação com novembro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o setor fechou 2021 com avanço de 10,9%, eliminando as perdas do ano anterior. Essa foi a maior taxa para um fechamento de ano desde o início da séria histórica do IBGE, em 2012. Importante destacar, porém, que o salto ocorre após o tombo recorde de 7,8% no ano de 2020. “O setor de serviços ampliou o distanciamento com relação ao nível pré-pandemia, situando-se 6,6% acima do nível de fevereiro de 2020, e alcançou seu maior o patamar desde agosto de 2015”, destacou o IBGE.

Apesar do desempenho positivo em 2021, o setor ainda está 5,6% abaixo do nível de atividade recorde alcançado em novembro de 2014. O setor de serviços é o que possui o maior peso na economia brasileira e foi o mais atingido pela pandemia de Covid-19. Mesmo assim, foi o principal destaque de recuperação em 2021, impulsionado pelo avanço da vacinação e pelo fim de boa parte das medidas restritivas para conter a disseminação do coronavírus.

O setor de serviço foi também o que mais abriu vagas com carteira assinada no ano passado. “Nos primeiros meses de 2020, o setor de serviços foi duramente afetado em função da necessidade de isolamento social e do fechamento dos estabelecimentos que prestavam serviços de caráter presencial. Por outro lado, a pandemia trouxe oportunidades de negócios para serviços voltados às empresas, como os de tecnologia da informação, transporte de cargas, armazenagem, logística de transporte e serviços financeiros auxiliares, que tiveram ganhos mais expressivos e compensaram as perdas dos serviços de caráter presencial”, destacou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Veja o resultado de 2021 dos subgrupos de cada grande atividade

  • Serviços prestados às famílias: 18,2%
  • Serviços de alojamento e alimentação: 20,1%
  • Outros serviços prestados às famílias: 8,2%
  • Serviços de informação e comunicação: 9,4%
  • Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC): 9,4%
  • Telecomunicações: -0,2%
  • Serviços de tecnologia da informação: 24,8%
  • Serviços audiovisuais: 10,1%
  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: 7,3%
  • Serviços técnico-profissionais: 12,1%
  • Serviços administrativos e complementares: 5,4%
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 15,1%
  • Transporte terrestre: 14,7%
  • Transporte aquaviário: 14,6%
  • Transporte aéreo: 37%
  • Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: 11,9%
  • Outros serviços: 5%

No acumulado de janeiro a dezembro de 2021, houve alta nas 5 atividades pesquisadas e em 74,1% dos 166 tipos de serviços investigados. As contribuições mais importantes para o avanço do setor no ano foram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,1%) e informação e comunicação (9,4%), segmentos que foram favorecidos pela maior demanda por digitalização e avanço do comércio eletrônico.

Vale destacar que a recuperação do setor tem se mostrado desigual. Nos serviços profissionais, administrativos e complementares e serviços prestados às famílias, por exemplo, o crescimento de 2021 não foi suficiente para compensar as perdas de 2020. O nível de serviços prestados às famílias, que incluem atividades de caráter mais presencial, teve alta pelo 9º mês seguido, mas mesmo assim fechou o ano passado ainda 11,2% abaixo do patamar pré-pandemia.

Foto: divulgação

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